A noite de terça-feira (19) foi especial para os carnavalescos de Macaé. A data marcou a abertura da exposição Abre-Alas: fragmentos de carnavais macaenses, que apresenta ao público a preliminar de uma pesquisa que vem sendo realizada pela Secretaria Municipal de Acervo e Patrimônio Histórico (Semaph), com o objetivo de registrar e organizar o maior número de dados sobre o Carnaval macaense. A exposição pode ser visitada até o dia 31 de março, no Solar dos Mellos.
O desfile de bandeiras das escolas de samba foi o auge da abertura da Abre-Alas. Presidentes das agremiações posaram para a foto histórica que servirá de emblema para a continuação do trabalho de composição do acervo. De acordo com o secretário de Marketing e Relações Públicas, Décio Braga, é importante que a sociedade dê a sua contribuição, emprestando fotos e documentos para enriquecer o acervo com o maior número de registros. “Hoje estamos aqui buscando retratar a história dos carnavais macaenses e pedimos a ajuda de todos, para completar esse importante trabalho”, disse.
O secretário especial de Infra-estrutura Urbana, Adrian Mussi, que participou do desfile de bandeiras representando a Império da Barra, destacou o empenho dos presidentes das escolas de samba em levar o carnaval para a avenida. “Essas pessoas são verdadeiros heróis, na medida que fazem de tudo para superar as dificuldades e mostrar ao público um carnaval de sucesso”, frisou. Adrian foi mais além ao pedir o apoio da sociedade para o engrandecimento do carnaval, em especial os comerciantes e empresários. “É preciso que todos os segmentos da sociedade colaborem para que nosso carnaval continue sendo uma referência na região e se apresente cada vez melhor”, completou.
Representando o presidente da Liga das Entidades Carnavalescas de Macaé (Liecam), o vice-presidente Dário Almeida falou sobre o orgulho dos carnavalescos em relação ao Carnaval 2008, que, segundo ele, foi um dos melhores já realizados. “Temos que agradecer ao prefeito Riverton Mussi pela colaboração oferecida às escolas de samba”, elogiou, adiantando que a meta da Liecam é compor uma programação que se desenvolva durante todo o ano até chegar o próximo Carnaval.
Na exposição, não estão de fora as manifestações populares que fazem do carnaval macaense uma grande atração. O público poderá conferir as principais alegorias que levam alegria aos foliões, como os bois pintadinhos, a boneca Filomena, o Urubu, o Peixe e o Botequim. O Boi Suave Veneno, campeão de 2004 a 2008, consecutivamente, também está à mostra no Solar dos Mellos.
Os carnavais dos distritos também foram lembrados durante a abertura da mostra com a presença de integrantes do Bloco Unidos da Serra, de Glicério, além da réplica do Boi Pintadinho que é queimado nas Quartas-feiras de Cinzas, após o “enterro dos ossos” realizado há cerca de 10 anos no Frade. O cerimonial de abertura foi apresentado por Priscila Meirelles, que relatou o resumo histórico de cada agremiação durante o desfile de bandeiras.
Segundo o secretário especial de Cultura, Esporte e Turismo, Ricardo Meirelles, o primeiro registro do carnaval macaense apontado na pesquisa preliminar é de 1866. Ele salientou ainda que esse é apenas um dado inicial de um levantamento que começou a ser feito agora. “Temos muito trabalho pela frente”, frisou. Ele citou ainda em seu discurso o nome do servidor municipal, Pedro Paulo de Almeida, falecido na semana passada, que deixou uma farta contribuição na área de pesquisa da secretaria de Acervo e Patrimônio Histórico de Macaé. Entre as autoridades que prestigiaram o evento estavam a presidente da Fundação Macaé de Cultura, Conceição de Maria, e o secretário de Controle Interno, Videlmo Natalino.