O fenômeno da violência vem adquirindo uma maior visibilidade social, sendo objeto de preocupação tanto por parte do poder público, como da sociedade em geral. No entanto, a cultura da violência não pode ser vista apenas "de fora para dentro", já que também é gerada dentro da própria dinâmica escolar. E como toda e qualquer forma de violência é uma violação dos Direitos Humanos, O Núcleo de Orientação Educacional da Secretaria Municipal de Educação de Macaé (Semed) está realizando a segunda edição do projeto “Educação em Direitos Humanos”, no Colégio Municipal Professora Elza Ibrahim.
O trabalho foi idealizado ao final do curso “REDH Brasil em Direitos Humanos” do qual uma parte dos integrantes do Núcleo de Orientação Educacional participou. O objetivo do projeto é mobilizar os alunos para refletir sobre manifestações de violência buscando favorecer uma melhor convivência na comunidade escolar e o respeito aos direitos humanos.
- Os alunos participarão de oficinas de formação e reflexão sobre o tema. Os professores, por sua vez, contribuirão através de reuniões com a equipe do projeto. Os pais serão convidados a participar de encontros temáticos com o objetivo de mobilizarem-se para a importância de uma educação em direitos humanos, bem como de criarem estratégias de enfrentamento da violência, disse uma das coordenadoras do projeto, Andrea Waldhelm.
Posteriormente, a equipe realizará uma pesquisa de campo com os alunos participantes (monitores) na qual serão aplicados questionários visando identificar as formas de violência mais frequentes em seu cotidiano. A fase final do projeto será a organização de encontros que os alunos monitores realizarão com os demais colegas de turma.
O projeto "A construção da educação em direitos humanos no espaço escolar" teve a sua primeira edição promovida pelo Núcleo de Orientação Educacional da SEMED também no C.M. Professora Elza Ibrahim. No entanto, a ideia é que, em breve, o projeto seja desenvolvido também nas demais unidades de ensino municipal.
- Realizamos a primeira edição no Elza Ibrahim, de setembro a dezembro do ano passado. E como começamos já no segundo semestre, a diretora solicitou que o trabalho fosse feito lá em 2011 novamente. O tema será trabalhado lá durante o ano todo, mas o objetivo é correr com o projeto outras escolas onde seja identificado o problema – finalizou a coordenadora Maria Diosélia Bittencourt.