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Seminário combate abuso sexual contra crianças

20/05/2013 18:22:00 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Foto: Moisés Bruno

'Esquecer é permitir, lembrar é combater' é o tema do evento que lembra o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes

A importância de a sociedade civil, os governos e as comunidades não se calarem diante do abuso e da exploração sexual contra crianças e adolescentes foi um dos assuntos tratados durante o seminário:  “As marcas da violência: como identificar os sinais de um possível caso de violência sexual?”. O evento foi coordenado pela subsecretaria da Infância e Juventude (Sinjuv).

O evento - que reuniu cerca de 200 profissionais que atendem diretamente ao público infanto-juvenil em Macaé, nas escolas, conselhos tutelares, abrigos e Centros de Referência em Assistência Social (Creas) - ocorreu na tarde desta segunda-feira (20), no auditório da Cidade Universitária.

Presentes ao encontro estavam, entre outras autoridades, o vice-prefeito Danilo Funke, o vereador Marcel Silvano e a secretária de Desenvolvimento Social, Ivânia Ribeiro. O vice-prefeito alertou para a importância da união da sociedade para combater todas as violências contra crianças e adolescentes, inclusive a de ordem sexual. “A prefeitura realiza diversos projetos e apoia programas para combater esses males. Somos agentes públicos e temos a capacidade de salvar essas crianças”, comentou.

- Um tipo de evento como esse não pode ocorrer em apenas um dia do ano. Esse assunto requer uma luta dia a dia – completou a secretária de Desenvolvimento Social Ivânia Ribeiro.

Falando diretamente para um auditório cheio, estiveram a assistente social e representante da Organização de Direitos Humanos Projeto Legal, Joanie Cristina Amaral Brito, e a psicóloga Renata Fernandes Caldas, do mesmo projeto. Ambas vieram do Rio de Janeiro para o seminário.

Segundo a assistente social Joanie Brito, o número de casos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes é muito maior do que se pensa. Já a psicóloga Renata Caldas explicou que há quatro tipos de violência: a psicológica, a física, a sexual e a negligência. Também são quatro maneiras de omissão: alimentar, educacional, de saúde e de segurança. 

Quando a criança chora o tempo todo ou fica sempre calada, tem queda no rendimento escolar ou mudança comportamental, além de isolar-se, é um sinal de que possivelmente esteja sofrendo alguma forma de abuso.

Um modo de violência psicológica se dá quando os pais gritam, humilham, envergonham as crianças e os adolescentes. No cartaz de propaganda do seminário havia o seguinte dizer: “Esquecer é permitir, lembrar é combater”.