Foto: Bruno Campos
O evento discutiu o futuro de Macaé no novo ciclo do petróleo
Para discutir o futuro da indústria do petróleo, as potencialidades de nosso município e as necessidades relacionadas à infraestrutura, sustentabilidade e capital humano, a Prefeitura de Macaé e o jornal O Globo promoveram, na noite desta quinta-feira (24), o Seminário Macaé – Um Novo Ciclo de Desenvolvimento. O evento, no Hotel Sheraton, reuniu representantes do empresariado e de instituições, como a Firjan, além de pessoas interessadas em discutir o futuro de nossa cidade. O prefeito, Dr. Aluízio, destacou a necessidade da parceria com a indústria do petróleo para o processo de transformação da cidade.
“Vamos ouvir do que a indústria do petróleo precisa e juntos vamos definir um caminho de sustentabilidade. O município tem vocação para pesca, turismo, agropecuária, e tem uma vocação concreta, o petróleo, que sustenta a nossa população, carente da qualidade do serviço público. Em um ano e meio estabelecemos um novo relacionamento com o setor, por meio de ações concretas como asfalto, alargamento de pista, macrodrenagem, saneamento básico. Queremos uma cidade melhor para se viver e trabalhar. E não vamos fazer isso sozinhos, pois temos que ouvir e entregar resultados que promovam a qualidade de vida”, explicou o prefeito na abertura do encontro.
O moderador e jornalista de O Globo, George Vidor, afirmou que o desenvolvimento de Macaé está relacionado às melhorias na área de infraestrutura. “A capital do petróleo, com dois séculos de existência, tem toda a experiência de apoio às plataformas e, por isso, pode ser um exemplo para o Brasil”, disse.
O secretário executivo da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro), Gilson Freitas, informou que Macaé tem 44 empresas das 52 existentes no mundo. “É um patrimônio industrial com a geração de 40 mil empregos diretos. A política energética nacional depende dessa cidade. Nosso papel é participar da interação com o governo para informar o que queremos. Um exemplo é a parceria da prefeitura com a Cedae para solucionar da falta d´água, além dos esforços para aumentar a segurança pública”, acrescentou.
Para o presidente do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (Fumdec), Vandré Guimarães, o crescimento de 12% ao ano determina uma visão integrada de desenvolvimento econômico. “As micro e pequenas representam 98% das empresas instaladas em Macaé, por isso, apresentamos uma lei de exclusividade em compras do poder público de até R$ 80 mil, além do novo modelo de relacionamento, Casa do Empreendedor, fizemos as primeiras rodadas de negócios entre o poder público e setor privado, cadastro de fornecedores e microcrédito”, frisou Vandré. Ele disse ainda que a Brasil Offshore 2015 está garantida, no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho.
Macaé tem um grande desafio para os próximos anos. O representante da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), Alfredo Renault, apresentou o cenário atual, perspectivas e desafios. “O portfólio de investimentos da Petrobras são R$ 220 bilhões para cinco anos e o município está nesse contexto. Portanto, precisamos nos preparar para o segundo ciclo de desenvolvimento de Macaé. Nossos desafios são atenção ao setor industrial, Parque Tecnológico, ampliação do aeroporto, referência em serviço não-petróleo e reordenamento urbano”, frisou.
O presidente da Fundação Educacional de Macaé (Funemac), Gleison Guimarães, mostrou aos presentes o que a Prefeitura vem fazendo para que o município tenha educação de qualidade, desde o pré-escolar até a pós-graduação. “Macaé pode ser mais que a capital do petróleo, tem toda vocação para ser capital do conhecimento, pois oferecemos oportunidades da educação infantil ao ensino superior. Temos a Cidade Universitária, com 4 mil alunos matriculados, além do projeto do Parque Tecnológico, para promover a sinergia entre a universidade, a indústria e o poder público. São ações que fortalecem o desenvolvimento do nosso município”, declarou.
O subsecretário de Estado de Transporte do Rio de Janeiro, Delmo Manoel Pinto, apontou os investimentos em logística para manter o crescimento sustentável. Segundo ele, o município está competindo com a velocidade do mercado e, por isso, precisa fortalecer e criar acessos para melhorar o fluxo de cargas. “Quem movimenta o Brasil é a Bacia de Campos e ela só existe porque temos Macaé. Temos que entrar num novo padrão de transportes de alta capacidade. O projeto do Terminal Portuário precisará dessa proposta. A ampliação do aeroporto também tem que considerar o transporte de cargas”, disse.