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Semma e Guarda libertam pássaros de cativeiro

22/02/2006 15:30:07 - Jornalista: Marilene Carvalho

A devastação das matas e a retirada de animais silvestres já causaram a extinção de inúmeras espécies nativas e, conseqüentemente, um desequilíbrio ecológico. Para quem pratica esse tipo de ação contra o meio ambiente os animais não passam de mercadorias que rendem bons lucros.

Agindo de modo a identificar possíveis atravessadores, e atendendo denúncia do Ibama-SP e da Reserva Biológica da União (Rebio) a Secretaria de Meio Ambiente (Semma) e o grupamento ambiental da Guarda Municipal, apreenderam nesta quarta-feira (22), 13 pássaros da espécie canário da terra no bairro São Marcos. A apreensão foi feita no alojamento de uma empresa do ramo da construção civil que realiza obra no bairro.

Além dos 13 canários da terra, foram encontrados, no local, alçapões para serem utilizados em capturas de animais silvestres. De acordo com o coordenador da Fiscalização Ambiental da Semma, Fernando Barreto, 11 dos 13 pássaros estavam compartilhando uma pequena gaiola. Na outra, estava aprisionado um casal de canários. O “dono” dos pássaros não foi encontrado no local da apreensão. Os animais foram reintroduzidos no mesmo dia no seu habitat natural.

A Lei de Crime Ambiental, criada em fevereiro de 1998, considera os animais, seus ninhos, abrigos e criadouros naturais, propriedade do Estado, além do que, a compra, a venda, a criação ou qualquer outro negócio, envolvendo animais silvestres é crime inafiançável.

É importante saber que o animal em cativeiro perde a capacidade de caçar alimentos, de se defender dos predadores ou de se proteger de situações adversas. Depois de libertados, mesmo em locais propícios, dificilmente eles conseguem sobreviver.