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Semusa realiza oficina para profissionais do sexo

21/09/2006 16:49:40 - Jornalista: Genimarta Oliveira

A coordenação do programa DST/Aids de Macaé realiza nesta sexta-feira (22), a partir das 15h, uma oficina de sexo seguro para as profissionais do sexo. O evento faz parte de um projeto do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA).

A coordenadora do programa, Vera Andrade, explica que o objetivo é informar, prevenir quanto as DSTs, orientar, cadastrar, incentivar a testagem para o HIV, hepatites e VDRL (sífilis) e realizar exames preventivos e de diagnósticos das DSTs. “Quando necessário fazemos o encaminhamento dos usuários para os diferentes serviços de saúde”, diz.

A equipe do CTA, coordenada pela psicóloga Júlia Christina, realiza periodicamente nos pontos de prostituição distribuição de preservativos, gel lubrificante, material educativo, além de promover discussão sobre sexualidade, gênero e cidadania. O enfermeiro Luciano Simas acrescenta que após o início do projeto houve aumento da procura das profissionais do sexo pelo programa para a realização de exames preventivos. “Constatamos que muitas profissionais do sexo com idade superior a 30 anos nuca fizeram o exame de papanicolau”, garante.

A assistente social do programa, Roselle Branco, faz um breve histórico da cidade e revela que desde 1981 o número de casos de pessoas acometidas pelo HIV/Aids tem aumentado. “Na década de 70, instalaram-se em Macaé diversas unidade da Petrobras, o que acarretou a vinda de muitas empresas de prestações de serviço. O que justifica esse aumento”, declara.

Em decorrência deste novo cenário a secretaria de Saúde tomou várias medidas em relação ao problema HIV/Aids com atendimento ambulatorial aos pacientes com equipe multidisciplinar, farmácia, laboratório e o CTA, onde é oferecida a possibilidade de diagnóstico precoce pelo HIV, VDRL e hepatites. “Desta forma traçamos o perfil dos habitantes quanto o acompanhamento de risco, informando sobre formas de contágio, o aconselhamento coletivo pré e pós testes, desviando do banco de sangue usuários que procuram o serviço apenas para o teste”, enfatiza a assistente social.

Roselle informa que a maioria das profissionais do sexo que atua em Macaé, vem dos estados do Espírito Santo e Minas Gerais e de municípios vizinhos. Segundo ela, muitas têm filhos e as famílias não sabem das atividades.