A secretaria executiva de Serviços Públicos (Semusp) está manilhando a saída do Canal do Sabiá para o Rio Macaé, atendendo à reivindicação dos moradores do Aterrado do Imburo. São colocadas onze manilhas de 1000 milímetros para possibilitar o escoamento das águas pluviais. No local, trabalham homens da secretaria com o emprego de caminhões, retroescavadeira e uma máquina S90. O trabalho, que começou na terça-feira (30), deve estar concluído até o final da semana.
Segundo o morador do Aterrado, Walmir dos Santos, a falta de escoamento do Canal do Sabiá trazia problemas para os produtores rurais da região. “Com qualquer chuva, toda a várzea inundava e para as águas abaixarem levava muitos dias. Isso prejudicava as plantações e o gado tinha que ser retirado toda vez”, disse Walmir dos Santos.
O morador explicou que o Canal do Sabiá tem de oito a dez quilômetros de extensão, e vai do Aterrado até o começo da serra. É uma vala antiga importante para a fertilidade da região. Quando foi aberta a estrada beirando o rio a saída do canal ficou obstruída, causando as inundações na área. Na chuva forte da semana passada, toda região inundou, mas e as águas começaram a abaixar, desde que a Semusp iniciou a abertura da vala de escoamento e colocação das manilhas.
- Procuramos o secretário Delorme Ramos, na segunda-feira (29). Ele veio imediatamente ao local e o serviço foi iniciado. O Canal do Sabiá beneficia todos os produtores do Aterrado, uma região fértil, onde há plantações e também criação de gado. Aqui, há plantações de milho, feijão, aipim, hortaliças e muitos produtores de leite. A cidade precisa do trabalho dos produtores rurais do Aterrado. Só temos a agradecer ao pronto atendimento da secretaria de Serviços Públicos. Delorme todos nós conhecemos, porque fez muito para nossa comunidade quando estava à frente da secretaria do Interior – disse Walmir dos Santos.
Outro morador da localidade produtiva do Aterrado do Imburo, Netinho, disse que a localidade estava aguardando o manilhamento da saída do Sabiá para o Rio Macaé há seis anos. “A estrada foi aberta e foram construídas as pontes, mas faltava o manilhamento da saída do canal. Os moradores estão satisfeitos com o governo do prefeito Riverton Mussi e com as ações da Semusp na região”, disse Netinho.
Comunidade do Aterrado conta com caixas d’água comunitárias
Delorme Ramos disse que a Semusp colocou seis caixas d’água comunitárias no Aterrado. Uma de dez mil litros e as demais, de cinco mil litros. As caixas são abastecidas, diariamente, por caminhões de água da prefeitura, como acontece em vários outros locais da periferia de Macaé, ainda não atendidos pela Cedae.
- Os moradores daqui iam buscar água no Imburo, usando latões e carroças puxadas por burros. Muitas vezes, não encontravam a água para trazer para suas casas. As caixas d’água comunitárias estão suprindo essa carência. Em relação ao manilhamento da saída do Sabiá, fizemos a nossa obrigação ao atender a comunidade – disse o secretário.
O morador José Francisco Gomes, de 68 anos, reside no Aterrado há 36 anos, e segundo ele, é o morador mais antigo da localidade, falou que a comunidade tem muito que agradecer ao secretário Delorme Ramos. “Ele sempre fez muito por nossa localidade. Abriu estradas, fez pontes, a praça. Atendia aos produtores em suas necessidades. Aqui não havia saída para a água. Nossos problemas sempre foram a seca e os constantes alagamentos, prejudicando a produção local – falou José Francisco.
José Francisco contou ainda que quando chegou ali, só havia mata. “Aqui havia muitos animais, capivaras, pacas, tatus, cotias, veados e muito macaco barbado. Era tanto bicho, que fazia medo. Sei quem abriu as valas existentes. Conheço toda a história do Aterrado, que antigamente era local de instrução do Exército ou “Linha de Tiro”. No Rio Macaé tinha muito peixe, traíras, acarás, bagres. Hoje, há poucos peixes e os animais desapareceram”, concluiu o morador.