Foto: Arquivo familiar
Bom humor, criatividade e irreverência marcaram vida do macaense
O macaense Sérgio Quinteiro é o homenageado do Carnaval Macaé 2015. O colunista social, poeta e cantor faleceu em junho de 2007, mas é reconhecido no município pelo seu bom humor, criatividade e irreverência. Toda a Cidade do Samba, localizada na Linha Verde; Praça Veríssimo de Melo, Centro; e região serrana recebem decorações com essa personalidade. Sérgio também foi escoteiro, sargento do Exército Brasileiro e secretário de Turismo, no governo do então prefeito Claudio Moacyr de Azevedo.
Para os amigos fica a saudade de um sorriso, sua marca para muitos. "No início da década de 80 comecei a minha carreira como ajudante do Sérgio. Era uma pessoa extremamente carismática e com ótimo humor. Essa homenagem é mais que merecida, já que foi um dos pioneiros na elaboração dos carnavais em Macaé", conta o ex-carnavalesco Marcos Leonardo.
Nascido em 30 de junho de 1937, o colunista chegou a viver uma temporada da sua infância em Nova Friburgo. O filho de Francisco Cordeiro e Ilce Quinteiro dos Santos foi aluno do antigo Ginásio Macaense, onde tinha um bom relacionamento com os estudantes da instituição.
As decorações de Carnaval e Natal da Avenida Rui Barbosa (antiga Rua Direita) já receberam a assinatura de Sérgio Quinteiro, que também foi carnavalesco do Grêmio Recreativo Escola de Samba Princesinha do Atlântico. Durante anos, suas mãos habilidosas enfeitaram os salões do Tênis Clube. "Tudo que ele fazia era cheio de brilho e glamour, irradiando alegria a todos que prestigiavam as festividades", afirma Marcos.
Como cantor, participou do Programa de Flávio Cavalcante, no Rio de Janeiro, onde com sua belíssima voz alcançou nota máxima dos jurados. A vida de colunista começou no jornal "O Rebate" e, posteriormente, assinou a coluna social "Trânsito Livre" do jornal "O Debate. "Tinha uma sabedoria que fazia dele uma pessoa que irradiava alegria. Por essa luz que vinha do seu interior, vivia sempre rodeado por muitos amigos", relembra Marcos.
Sua amiga e colunista social, Tânia Schuler, guarda até hoje os recortes das colunas de Sérgio Quinteiro. Foram anos de amizade que, atualmente, estão na memória. "Nossa cumplicidade era daqueles vizinhos que atravessam um muro de quintal para pedir alguma coisa. Não existia a palavra egoísmo para Sérgio, um homem além da sua época e sempre antenado com tudo que acontecia. As pessoas chegavam a colocar as informações embaixo da sua porta. Sua coluna era diversificada e tinha muitos leitores", frisa Tânia.