Dar fim aos estigmas existentes entre cidadãos e servidores públicos, provocar maior ânimo nesses funcionários e garantir maior qualidade no atendimento à população foram alguns temas tratados pelo coordenador geral de Ação Política da prefeitura, Paulo Patrocínio Júnior. Ele falou para profissionais que compõem equipe geral do Programa Macaé Cidadão, na manhã desta terça-feira (12), no Paço Municipal, durante o sexto encontro de capacitação da equipe do Macaé Cidadão – programa pioneiro de pesquisa e de trabalho efetivo em questões de cidadania.
Na ocasião, o palestrante referiu-se à pesquisa feita por sua equipe, cujo objetivo foi avaliar a auto-estima do servidor, sua motivação para o trabalho, além de seu desânimo. Também foi observada avaliação dos cidadãos a respeito do trabalho dos funcionários públicos. Tudo com o intuito de melhorar a imagem deste grupo profissional diante da população.
Segundo pesquisa feita em 2005, somente no Paço Municipal há 80 mil atendimentos por ano, enquanto no Centro de Saúde Dr. Moacyr Santos ocorrem 280 mil atendimentos anuais”, contou Paulo Patrocínio Júnior.
Ele acrescenta que em 2005 foram cerca de 133 mil telefonemas dados para a prefeitura, onde foram recebidas cerca de 75 mil pessoas, gerando um total de 207 mil atendimentos por ano, naquele espaço onde se situa a sede da administração municipal.
Já sobre a pesquisa, o coordenador salientou que essa buscou averiguar qual é a visão do servidor de si próprio, de seu trabalho: se há desânimo ou motivação. A conclusão foi que em 2005 a maioria estava desmotivada. “Buscamos analisar no universo entrevistado o grau de criatividade do trabalhador e verificamos que 100 por cento estavam desanimados, porém buscando inovar em suas atividades profissionais”, comentou Paulo Júnior.
Como se dá a relação entre o cidadão e o servidor? O cidadão fica satisfeito, sentindo-se disposto a buscar pelo serviço público? A resposta foi que a maioria dos entrevistados estava satisfeita, porém indisposta em procurar por ações da municipalidade. “Entretanto, observamos que há mais gente satisfeita com o atendimento. Isso em 2005”, pontua Paulo. Ou seja, o grau de satisfação é maior que o grau de insatisfação por parte do cidadão comum.
Patrocínio Júnior também se referiu em sua palestra à necessidade de transformar informações e dados, obtidos em artigos e documentos, em conhecimentos específicos emitidos à população. Isso para efeito de pesquisa. Ele fez os questionamentos sobre quais conhecimentos são estratégicos para o servidor público e como identificá-los.
Segundo disse, a solução para estas perguntas está na educação coorporativa. Isto é, transferir o conhecimento das esferas mais altas da administração pública para a maioria dos servidores, melhorando e valorizando este grupo, mola-mestra dos trabalhos da prefeitura em prol da comunidade.
Para tanto, são necessárias gestão de mudança e transformação cultural, para combater os estigmas entre servidor e cidadão. “A mudança é o nosso grande desafio para alimentar o ânimo do grupo, para que esse possa interagir, buscar cursos, procurar qualificação", assinala. Como exemplo de mudanças culturais, o palestrante citou a legislação, cujas leis e portarias podem mudar o panorama dos serviços públicos.
Tudo isso, segundo Paulo, com o fim de que haja sanidade administrativa, boa fluidez. Ele também ressaltou a importância do atendimento ao cidadão, através de conscientização e sensibilização com a finalidade de provocar o despertar do servidor. Além disso, treinamentos que mostram os pontos a serem trabalhados devem ser conferidos a essa classe trabalhadora.
- Os organogramas funcionais de 2005 e o deste ano são diferentes, mas as descobertas e os desafios são os mesmos – avalia, acrescentando que o servidor público deve ser valorizado com prêmios de incentivo.
Para concluir, o coordenador que atua na Secretaria de Governo disse que se deve buscar o aperfeiçoamento gerencial, observando-se, entre outros fatores, qual a lotação ideal, o currículo, identificação da graduação para saber onde ele pode servir melhor, sendo, dessa maneira, significativamente estimulado. “Tudo isso valoriza o servidor. O servidor público é o cidadão que atende aos demais cidadãos”, concluiu Paulo Patrocínio Júnior.