O cantor Jorge Ben Jor é a atração deste sábado em Macaé, encerrando o Fest Verão 2006. O evento, organizado pela prefeitura de Macaé e pela Empresa Municipal de Turismo (MacaéTur), já reuniu cerca de 250 mil pessoas na arena de shows, na estrutura montada na Linha Verde. A programação do Fest verão acontece também no Aeroporto, na praia do Barreto, onde sábado e domingo, acontecem shows com bandas locais.
O show de Jorge Ben Jor, com entrada franca, começa às 23h. Antes, a programação do Fest Verão é na Tenda da Cultura, a partir das 21h, com apresentação de bandas locais. No mesmo horário, na arena esportiva, acontece o Campeonato de Boxe Olímpico. No Centro da cidade, na Praça Veríssimo de Mello, às 20h a Fundação Macaé de Cultura promove o tradicional Baile de Máscaras da terceira idade, com prêmios em dinheiro.
Como a maioria dos adolescentes daqueles tempos, o ídolo de Jorge Ben Jor era João Gilberto, cuja voz coloquial despertava sua admiração. Mas Jorge Menezes, conhecido no mundo inteiro como Jorge Ben Jor passou a infância ouvindo Luiz Gonzaga e Ataulfo Alves. Em casa seus pais falavam de um certo Nelson Gonçalves que era crooner da orquestra de Severino Araújo. Ainda desta época lembra uma voz em especial, Cauby Peixoto que um dia, décadas depois, viria a gravar uma de suas canções, Dona Culpa Ficou Solteira.
Jorge Ben Jor explodiu com a música Mas Que Nada e logo em seguida ratificou seu talento com outro grande sucesso, Chove Chuva. Duas canções que nada tinham a ver com a bossa nova, nem com o samba tradicional. Os puristas achavam que sua música era moderna demais. Era difícil para os músicos da época acompanhá-lo. Tanto que seus primeiros discos foram gravados com um conjunto que tocava jazz no Beco das Garrafas, o Meireles e os Copa 5.
Assim desde o início de sua carreira Ben Jor mostrou-se inovador. Como compositor, cantor, músico, bandleader e arranjador Ben Jor é único. É impossível classificar sua música e seu balanço, que são inconfundíveis. Mas “esse samba que é misto de maracatu”, marca registrada de Jorge Ben Jor, encontrou espaço no mundo todo e tornou-se sucesso universal. Ele é a única unanimidade brasileira.
Respeitado e acolhido, por todos os artistas, em todos os movimentos musicais, desde o pós-bossa nova até nossos dias. Artistas remanescentes da bossa nova, como o Tamba Trio, Pery Ribeiro e Walter Wanderley gravaram Mas Que Nada e outras composições suas. Mas Que Nada foi a única música em português a alcançar o primeiro lugar entre as músicas mais tocadas nos Estados Unidos em todos os tempos.