Foto: Jefferson Rezende
Evento foi realizado na manhã desta terça-feira (11)
O simpósio foi promovido pela Área Técnica de Vigilância e Prevenção à Violência, da Secretaria Municipal de Saúde, levando em conta a importância de envolver todos em um ambiente mais seguro e acolhedor à pessoa idosa. Teve como marco o próximo sábado (15), Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, data declarada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa.
A coordenadora da Área Técnica de Vigilância e Prevenção à Violência, a assistente social Aracely Gomes Pessoa, destacou que o atendimento à pessoa idosa é complexo. O simpósio procurou ampliar o conhecimento, melhorar a prática profissional e estabelecer vínculo com os serviços judiciais que atuam na defesa do direito da pessoa idosa. Aracely disse que também atua no Centro de Atenção à Pessoa Idosa (Capi), no Hotel de Deus, à Linha Azul, no Bairro Virgem Santa.
A cuidadora de idosos Ana Paula Gomes, 37 anos, foi uma das participantes do evento. Ela contou que fez o curso porque tem pais idosos e não poderia deixar de participar do simpósio. “Quero saber mais para atuar mais orientando as pessoas a denunciarem qualquer violência contra a pessoa idosa”, afirmou.
Aracely destacou que a violência pode afetar a saúde do idoso. A médica geriatra Nayara Antelo palestrou sobre “Idoso em Processo Demencial: como Identificar?". Para ela, é importante estudar o envelhecimento da população, processo acelerado no mundo e que, junto, traz doenças degenerativas.
Na programação outros profissionais abordaram o tema. A comissária de Justiça, Infância, Juventude e Idoso Ana Paula Palermo, sobre “Institucionalizar ou Não o Meu Idoso?”; o advogado da Defensoria Pública/RJ Reinaldo Anunciação Júnior, “Curatela – o Que é e Quando Devemos Instituí-la?”; e a professora de Práticas Jurídicas da Universidade Federal Fluminense (UFF-Macaé), Priscila Gonçalves, “Centro de Assistência Jurídica da UFF – Como Funciona?”.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania destaca os diferentes tipos de violações enfrentadas por essa faixa etária que são: violência física; psicológica; patrimonial; sexual; abandono e discriminação. É importante que a população colabore denunciando qualquer suspeita de forma de violência contra uma pessoa idosa.
Aracely orienta que os órgãos de saúde quando atenderem situações de violência ou suspeitas devem preencher a ficha do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) ou enviar e-mail para área técnica: vigilanciaviolencia.semusa@macae.rj.gov.br. O simpósio teve apoio da UFF e o seu Centro de Assistência Jurídica (CAJUFF).