A Galeria Carapebus recebeu, nesta quinta-feira (6), o Ensaio Aberto Entretom, uma apresentação que reuniu alunos do Curso Básico e Técnico em Canto da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart). Sob direção musical e preparação vocal do professor Jardel Maia, o Ensemble Vozes Entretom apresentou ao público parte do repertório que comporá o espetáculo previsto para o dia 12 de dezembro, no Solar dos Mellos.
O grupo é formado por cerca de 30 alunos e representa uma proposta inovadora dentro da Emart. A iniciativa integra a disciplina Técnica e Performance Vocal, criada pelo próprio Jardel Maia, que une o estudo da fisiologia da voz a uma metodologia própria, combinando técnicas de Belting, Speech Level Singing (SLS), Lírico e Legit, em um diálogo musical plural e contemporâneo.
“O Ensaio Aberto é uma oportunidade de o artista ‘treinar com o público’. Nenhum intérprete ensaia com as surpresas e as respostas do público, e essa troca é fundamental. Ela tira a formalidade e deixa o artista mais confiante”, expressou Jardel Maia.
Segundo ele, a atividade também serve como um “termômetro” para ajustes no repertório e na performance do grupo.
A secretária de Cultura, Waleska Freire, ressaltou a importância da iniciativa para o fortalecimento da formação artística em Macaé.
“O trabalho realizado pela Emart mostra o quanto a arte é viva e transformadora. O Ensaio Aberto Entretom reflete o talento e a dedicação dos nossos alunos e professores, além de reforçar o compromisso da Secretaria de Cultura em promover espaços de aprendizado, experimentação e valorização dos artistas locais”, afirmou.
O Ensemble Vozes Entretom, cujo nome simboliza a diversidade de tons, vozes, culturas e timbres, vem se consolidando como um dos projetos mais originais da Emart. Com um repertório que vai do popular ao erudito, o grupo aposta em interpretações solo e em conjunto, explorando as singularidades de cada voz.
- Quis batizar esse nome, um nome fantasia para a disciplina que os alunos cursam na Emart: Técnica e Performance Vocal. Nessa matéria, a gente experimenta timbres, registros vocais, graves e agudos, a gente troca experiências musicais através do canto em grupo (em harmonia vocal) com instrumentos ou à cappella – esmiuçou, acrescentando que são inseridos solos escolhidos a partir da "natureza vocal" de cada integrante.
- Por isso a diversidade: pois o olhar para execução é customizado, primando pela singularidade de cada um. A voz é um ser vivo, com complexidades, com naturezas, com vivências e singularidades próprias que promovem diálogo musical, trocas e experiências harmônicas, e isso reverbera até no repertório do grupo. O show sintetiza todas essas representatividades. Vozes, pessoas, artistas que atraem e afetam o público através da imagem da sonoridade ton sur ton - pontuou.
A próxima apresentação do grupo, no Solar dos Mellos, promete emocionar o público com uma mostra de técnica, sensibilidade e representatividade.
Ficha técnica:
Direção Musical: Jardél Màia
Músico acompanhador (violão): João Victor Nunes
Conjunto Instrumental do Entretom:
Violão: Leonardo Schwab
Cajon: Rodolfo Valentino
Triângulo: Jô Sousa
Castanholas: Josie Schuenck
