Uma tartaruga da espécie Caretta Carreta, popularmente chamada de cabeçuda, foi encontrada morta domingo, 22, na Praia Campista, e levada à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) onde foi submetida à análise de um médico veterinário. Integrante da lista de espécies ameaçadas de extinção do Estado do Rio de Janeiro, o animal apresentava sinais que indicavam morte por afogamento.
A Secretaria de Meio Ambiente informou que nos últimos meses vem aumentando o número de tartarugas mortas com sinais de morte por afogamento, nas praias da cidade. Em apenas três meses, quatro tartarugas chegaram até às praias com esses mesmos sintomas. Apenas um dos casos foi atribuído a abalroamento com rebocador.
O subsecretário de Meio Ambiente, Carlos Renato Mariano, acredita que as redes de pesca, fixadas com bóias a mais de 300 metros da costa, devem estar aprisionando as tartarugas e impedindo que elas subam à superfície para respirar. “Vamos entrar em contato com a Capitania dos Portos de Macaé e tentar uma forma de impedir que as redes de pesca continuem sendo uma armadilha para as tartarugas”, disse Mariano.
A cabeçuda achada morta no último domingo apresentava sangramento, diversas escoriações no plastrão (parte ventral) e cortes no casco, além de sinais nítidos de inflamação nas articulações. O laudo técnico biológico foi assinado pelo veterinário da Semma, Marcos Felipe da Rocha Pinto.