A Secretaria Municipal de Educação, através da Escola de Pescadores, em convênio realizado com a UFRJ, deverá utilizar tilápias e mexilhões na merenda escolar dos alunos da rede municipal de ensino de Macaé. Professores da Universidade vêm realizando pesquisas e estudos de viabilidade de criação desses dois produtos.
Para conseguir tais objetivos, a Escola de Pescadores já deverá estar funcionando em sua nova sede, em local próximo ao aeroporto, numa área de 60 mil metros quadrados, em Barra de Macaé. O prefeito Riverton Mussi pretende construí-la ainda este ano. Além dos pavilhões de ensino, a nova sede vai abrigar um centro de aqüicultura, para que sejam desenvolvidos projetos de piscicultura, com a criação de tilápias em alta escala para integrar o cardápio da merenda escolar. Esse tipo de pescado também vai contemplar a piscicultura familiar, voltada para a zona rural do município, como alternativa de renda para a melhoria da qualidade de vida.
O diretor da Escola de Pescadores, professor Lino Andrade Silva, dá detalhes da realização de cursos que serão implementados através desses convênios com a UFRJ. “O objetivo dos cursos é a capacitação de interessados no beneficiamento e processamento do pescado para agregar valor. O material não processável – cabeça e vísceras – será transformado em ração para alimentar os tanques de criação (material de alto teor protéico), deixando de ser lançado no rio Macaé, evitando a poluição. As escamas e o couro da tilápia serão utilizados na confecção de produtos como bolsas, cintos, sapatos e biquínis.
Além do emprego no cardápio da merenda escolar, o projeto mexilhões terá sua viabilidade econômica analisada na Escola de Pescadores, dia 31 de março, 5ª feira, pelos representantes da UFRJ e todos os envolvidos na parceria: Petrobras (projeto Mosaico), Câmara Municipal, Secretaria Municipal de Agricultura Abastecimento e Pesca, Secretaria municipal do Meio Ambiente, Emater, Agenda 21, Cooperativa e Colônia de Pescadores.