Dos três trabalhos – um da rede municipal de ensino, outro da estadual e o terceiro da Escola Técnica -, que representaram Macaé na quinta Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), o dos alunos do Cefet/Uned-Macaé conseguiu premiação. O evento aconteceu entre os dias 13 e 17 na Universidade de São Paulo (USP), reunindo 230 trabalhos de estudantes da oitava série do Ensino Fundamental e alunos do Ensino Médio dos 27 estados brasileiros. Foram selecionados em mais de 900 trabalhos das mais diversas cidades brasileiras, mostrando a importância de todos os participantes na Feira.
Segundo a orientadora do grupo da Escola Técnica, Margarida Lourenço Castelló, o trabalho tratou de projeto de construção e operação de mini-fábrica de biodíesel, com planta em escala protótipo de capacidade de produção de 1800 litros por mês. A equipe ficou em segundo lugar na categoria engenharia, concorrendo contra 85 trabalhos de todo o Brasil. A premiação macaense constou de medalha de prata, DVD Player e certificados (que irão contribuir para o currículo do grupo, composto por Bruno Damascena, Laís de Souza Ferreira e a própria professora orientadora).
- Também ganhamos o primeiro lugar em banner – cartaz com resumo do projeto. Neste caso, a medalha foi de ouro, entregue junto a um MP3 Player. Além disso, ganhamos certificado da ASM International Foundation, devido a termos apresentado a melhor utilização de materiais em projetos científicos – diz Margarida. Como exemplo dos materiais, ela citou reator, medidor, agitador e a estrutura da fábrica.
Para o jovem Bruno Damascena, foi muito válido participar deste grande evento em torno da Ciência e da Tecnologia. “Tudo foi feito por jovens, devidamente apoiados por instituições como Petrobras, Sebrae, Intel e Votorantin”, esclarece.
De acordo com o professor orientador do trabalho “Circuitos Lógicos, Gildásio Nogueira Magalhães, a quinta Febrace não se centrou apenas em física, química e biologia, mas também em áreas diversas como ciências agrárias, exatas, humanas e de saúde e outras. “Houve, inclusive, trabalho sobre educação para favorecer a alfabetização de pessoas com deficiência de aprendizagem”, conta o professor.
O trabalho Circuitos Lógicos propõe modificação na metodologia de ensino, colocando a lógica matemática, não como um programa curricular, mas como a lógica do dia-a-dia. “Podemos atuar no ensino médio utilizando recursos lúdicos”, explicou Gildásio, professor do Colégio Estadual Luiz Reid.
A Professora Edna Tereza, do Colégio Municipal Professora Maria Letícia Santos Carvalho, ficou muito feliz com o desempenho de seus alunos. Eles levaram o trabalho “A Dioxina Vai Te Pegar”. "O mais importante foi a experiência e a troca de informações entre os alunos dos estados representados. A feira foi uma nova experiência para nossos alunos e com certeza trará motivação para as nossas feiras municipais, avaliou Edna.
Segundo a coordenadora da Secretaria de Educação, Martinha Pimentel, que acompanhou a delegação Macaense, representando a Secretária de Educação, Milmar Madureira: a feira foi muito bem organizada, “Estamos adquirindo mais experiência para as nossas feiras", garantiu ela.
O assessor da secretaria de Ciência e Tecnologia, Marcelo Machado, disse que como um dos organizadores das Feiras de Ciências de Macaé, achou muito positiva a participação macaense. “Em termos de organização não deixamos nada a desejar, muito pelo contrário, os alunos que participaram da Feira Macaense de Ciência e Tecnologia (Femacti) elogiaram muito a nossa organização, mas o nível dos trabalhos apresentados foi muito bom, uma vez que todo o país foi envolvido, estando a Febrace na quinta edição. Portanto, com mais experiência”, avaliou.
- Macaé, através do governo, mostrou que está fazendo a sua parte no que tange à aproximação que vem tendo com o Governo Federal e Governo Estadual, pois a prefeitura de Macaé apoiou e patrocinou o envio de um trabalho do Colégio Estadual Luiz Reid e outro da Escola Federal, CEFET – Uned Macaé - disse o assessor.
Já para o secretário de Ciência e Tecnologia, Guilherme Jordan, não há distinção no apoio ao desenvolvimento social dos jovens macaenses. “Acreditamos que com o estímulo e a motivação para realização das feiras com a parceria da Secretaria de Educação, construiremos uma Macaé muito melhor”, finaliza Jordan.