Foto: Bruno Campos
Resgate da história e da cultura ajuda a preservar a memória de Macaé
Parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé (Fafima) proporciona que estudantes de História façam estágio voluntário no Solar dos Mellos - Museu da Cidade de Macaé. Eles desenvolvem trabalho de pesquisa com a documentação do projeto "Macaé em Fontes Primárias", atuando em atividades como pesquisa, higienização, digitalização, paleografia e arquivologia.
Segundo a historiadora do Solar e professora da Fafima, Conceição Franco, os quatro estagiários desse acordo trabalham com acervos bibliográficos e documentais. "Nossa intenção é ampliar essa parceria, na qual os jovens estudantes ajudam nosso trabalho de acondicionamento e arranjo, obtendo em contrapartida evolução acerca de um maior aprofundamento e eficaz conhecimento sobre a História de Macaé e região", diz Conceição.
Em processo para futura oficialização, a parceria conta com treinamento sobre arquivo, ministrado pela arquivista Juliana Alvim, e paleográfico, ensinado pelo historiador Bruno Rodrigues. De acordo com a diretora do Solar dos Mellos, a jornalista Adriana Bacellar, o fato de o órgão público ser uma casa de pesquisa faz com que a presença dos estudantes projete novas possibilidades para incrementar os trabalhos presentes e futuros.
- Essa parceria é fruto da Semana Nacional de Arquivos, evento ocorrido em Macaé, no dia oito, quando os estudantes participantes foram convidados para desenvolver estas atividades - informa Adriana, acrescentando que assim, um projeto leva a outro.
A diretora da Fafima, Alice Lage, afirmou que a faculdade oferece capital humano em troca de potencializar o capital intelectual dos alunos. "Estamos muito felizes com o enriquecimento cultural dos nossos alunos do curso de História, que estão entusiasmados com o estágio", avalia Lage.
Documentação da época do Brasil Império
Todos os estagiários são alunos do quinto período de História da Fafima. Para Marcelo Oliveira, de 20 anos, o estágio está lhe proporcionando experiência. "É muito interessante trabalhar com documentação da época do Brasil Império. São inventários nos quais análises no relatório dos bens das pessoas do século XIX colabora para que conheçamos como era a vida naquela época", explica.
Já Pedro Gomes, de 21 anos, diz que o estágio é uma oportunidade ímpar em sua vida. "O convívio com historiadores de renome é muito proveitoso. Além do mais, sair das 'provas' e vir para a atuação prática é fascinante", justifica.
Nikolas Pires, de 22 anos, enfatiza que é diferente retirar-se do ambiente das salas de aula e direcionar-se à pesquisa. Jessica Silva, de 22 anos, foi enfática: "É inovador ter contato com arquivo, paleografia, além de novas áreas no mundo da História".