O texto de Ricardo Meirelles foi um marco da criação da Escola Municipal de Artes.
Privilegiando a literatura dramática do teatro brasileiro e, especialmente, de artistas que residam ou trabalhem em Macaé, estudantes do Curso Técnico Profissionalizante em Arte Dramática com Ênfase em Montagem de Espetáculos da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart) apresentarão, nesta quarta-feira (24), às 20h20, a leitura dramatizada da obra ‘Fero-cidade’, do teatrólogo Ricardo Meirelles. O evento é aberto ao público, sujeito a lotação.
A apresentação será realizada no auditório Eusébio de Mello, 5°andar do Centro Macaé de Cultura. A leitura dramatizada de ‘Fero-cidade’ é um trabalho das professoras Cassia Gomes e Claudia Byspo.
Ricardo Meirelles nasceu no Rio de Janeiro e chegou a Macaé aos 10 anos de idade. Suas peças também foram exibidas fora do Brasil, em países como Islândia, Venezuela e Alemanha. Entre as premiações que recebeu está o Prêmio de Leitura no Concurso de Dramaturgia do Serviço Nacional de Teatro, com publicação pelo MEC/Funarte por “Os Sobreviventes”.
A professora Cassia Gomes explica que o estudo da literatura dramática de autores locais facilita o acesso às informações sobre a obra. Além disso, para ela, esta proposta é um estímulo para que os estudantes criem suas próprias obras, tendo como referência artistas experientes e próximos, fora que eles podem se exercitar como pesquisadores.
“É possível para os estudantes o diálogo com Ricardo Meirelles, Marcelo Atahualpa, Ademir Martins e Cláudia Byspo. Macaé abriga um artista (Ricardo Meirelles) com uma veia cômica para analisar a realidade utilizando inúmeras lentes: uma macro, para a situação do país em plena ditadura, criando “O Palácio dos Urubus”, e outras diferenciadas, como a que utilizou para criar o universo de um simples casal, que, tendo os dias ocupados em trabalhar para garantir o mínimo para sua sobrevivência e manutenção de suas vidas, passam uma noite em claro após uma revelação da esposa”, analisa Cassia Gomes.