Com a mostra de obras iniciadas - bem como de seu organograma de funcionamento - o Orçamento Participativo foi tema de fala do coordenador geral da Câmara Permanente de Gestão (CGP), Romulo Campos, durante sua participação na Câmara de Vereadores, na manhã desta terça-feira (8). O trabalho da equipe do Orçamento Participativo foi elogiado por todos os vereadores, com ressalva destinada aos secretários municipais, aos quais solicitaram maior empenho e participação nos trâmites e nas obras que a comunidade escolheu e aprovou através do Orçamento Participativo.
Na oportunidade, Romulo Campos salientou que as reuniões do OP começam na próxima semana, inclusive com votação para as obras que serão desenvolvidas em 2012. A apresentação das ações do Orçamento Participativo na Câmara foi formulada pelo vereador Danilo Funke, representante do Legislativo Municipal dentro da comissão de delegados do OP. À frente de um plenário lotado, e juntamente com parte da equipe do OP presente coordenada por Rosane Miranda Assumpção, Romulo Campos explicou todo o cronograma de ação do Orçamento sobre as obras iniciadas nos bairros Cajueiros e Novo Horizonte (escola de ensino infantil) e falou das dificuldades encontradas junto às secretarias para os trâmites burocráticos, desde a aprovação das propostas pela comunidade até sua licitação e início efetivo das obras.
-Infelizmente, por desconhecimento ou desencontro de ações, as secretarias que precisavam colocar em prática as obras e melhorias escolhidas , não agiram com a rapidez necessária. Esperamos que na gestão de 2012 esse entrosamento com o OP seja maior e, com isso, o que a população escolher seja rapidamente implantado, justifica Romulo Campos, sobre existirem duas de nove obras apenas em andamento. As demais só estão em fase de preparação para licitação ou até mesmo à espera de empresa interessada.
Os vereadores fizeram uso da palavra. Desde a bancada da oposição até a da situação, todos foram unânimes em tecer elogios ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Orçamento Participativo em Macaé. Na oportunidade, Romulo Campos lembrou que o OP é uma ideia que o prefeito Riverton Mussi buscou implantar com seriedade e agilidade, por acreditar que a população macaense deve escolher e participar mais ativamente e proximamente da gestão administrativa municipal. O Orçamento Participativo é a forma mais democrática e transparente de gestão, em que a comunidade escolhe o que ela realmente precisa para seu bairro e sua cidade.
O presidente da Casa, Paulo Antunes, foi enfático ao elogiar Romulo Campos, pedindo inclusive para que se registrasse nos anais da Câmara “o trabalho brilhante que vem desenvolvendo frente à CGP e também estender isso para toda a equipe do OP. Você e toda a equipe estão realizando excelente trabalho pela cidade”, disse.
Além de elogios, o vereador Carlos Emir Júnior relembrou que a grande preocupação dos vereadores bem como da equipe do OP está sendo a falta de comprometimento das secretarias para com a implantação dos projetos aprovados. “Isso coloca em risco tanto a credibilidade do OP, como do próprio governo municipal. E é preocupante também, porque os recursos para a gestão 2012 do OP já estão confirmados e mantidos. E se houver atraso no andamento dos processos, há um sério risco de se verificar o naufrágio da credibilidade de transparência democrática da atual administração tanto municipal como legislativa, já que Orçamento Participativo é uma lei municipal referendada pelo Legislativo Municipal.