O vice-prefeito de Macaé, Carlos Augusto de Paula, Carlão acompanhou na tarde desta quinta-feira (26) a vistoria feita pelo ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, na BR 101 no trecho entre Macaé e Campos. A diferença nos preços entre obras licitadas e as emergenciais que chega a 188%, chamou a atenção do TCU.
Para Carlão o trabalho de recapeamento é uma medida paliativa, quando o ideal seria fazer a duplicação da estrada. “Minha maior preocupação é com o desperdício de dinheiro público que conseqüentemente diminui o repasse de recursos para os municípios”, disse o vice-prefeito que ao lado do presidente da Fundação Macaé de Trânsito e Transporte (Mactran), Fernando Magalhães.
O ministro fez uma comparação dos custos de 19 quilômetros de estradas licitadas com de sete quilômetros de obras emergências. “A primeira ficou em R$ 162 milhões e a segunda em R$ 182 milhões”, relatou Nardes, enfocando a falta de planificação do Ministério do Transporte e do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT).
-Verificamos que em alguns pontos desde Niterói, que a operação tapa buraco foi uma ação desnecessária, quando o correto seria fazer o recapeamento. Foi um dinheiro jogado fora, tecnicamente foi comprovado que este tipo de serviço só dura até a próxima chuva, isso poderia ter feito isso em 2004 e 2005, o que poderia ter evitado as mortes que ocorreram nesta estrada.
“Em três anos foram 600 mortes”, contabilizou. Outra irregularidade apontada por Nardes foi a falta de planilha para fazer o acompanhamento de custo e a falta de medição da área recuperada pelo DNIT. Segundo o ministro, esta vistoria irá resultar num relatório no qual os gestores terão que responder.