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Nicolas Krassik se apresenta nesta quinta-feira (9), no Teatro Municipal
O violinista francês radicado no Brasil, Nicolas Krassik, é uma das atrações desta quinta-feira (9), a partir das 20h, no Teatro Municipal de Macaé, durante a abertura do Festival Cultural Benedicto Lacerda. Choro, jazz, samba, forró e até rock fazem parte da influência musical deste artista que se apaixonou pela Música Popular Brasileira e que hoje se dedica a ela. Na mesma ocasião, a vida e a arte do homenageado do evento serão lançadas, em forma de songbook e livro biográfico. O festival segue até dia 15 e conta com outras atrações gratuitas como apresentações de chorinho e samba, oficina musical, palestra, espetáculo infantil e exposição.
Nascido em 1969 na Grande Paris, Nicolas Krassik, herdeiro da tradição francesa de violinistas de jazz, veio pôr um pouco do gênero e da essência erudita de seu violino a serviço da MPB. Após 15 anos estudando música clássica e oito anos atuando na Europa, Nicolas desembarcou em 2001 no Rio de Janeiro e acabou tornando-se referência em violino na Música Popular Brasileira. No país, ele já tocou com grandes artistas, como Beth Carvalho, Gilberto Gil, Hamilton de Holanda e João Bosco. Nicolas acaba de lançar o quinto álbum, "Nordeste de Paris", o segundo acompanhado de seu grupo, o Cordestinos, composto por Marcos Moletta (rabeca), Guto Wirtti (baixo), Carlos César e Chris Mourão (percussões).
No show, Krassik apresenta para o público “Nordeste de Paris” (Superlativa / 2014), que confirma a fluência com que Nicolas costura e descostura as fronteiras a seu gosto, com a presença de vários “sotaques.” Sete das 10 músicas foram compostas por Nicolas, sendo duas em parceria com Marcelo Caldi. Entre elas, “A balada do cachorro louco”, que conta com a participação especial de Lenine; e “Refazenda”, com participação de ninguém menos que Gilberto Gil.
- É com muito orgulho que meu trio vai se apresentar no Festival Benedicto Lacerda. Apesar de me dedicar ultimamente mais à música nordestina, sou apaixonado pelo choro e pelo samba. Fico muito feliz de ter recebido esse convite. O nosso repertório é bem misturado, vai de Jacob do Bandolim a Nelson Cavaquinho, passando por Dominguinhos e Sivuca. Eu sinto que o choro, hoje em dia, permite essa variedade, essa mistura de estilos. O que importa é o jeito ‘chorão’ de tocar, o estado de espírito com o qual se interpreta a música e as suas variações, com emoção e humor. É o que pretendemos fazer nesse show: em nome do Benedicto Lacerda, vamos homenagear a música popular brasileira -, ressaltou o violinista.
Ainda na quinta-feira, também no Teatro Municipal de Macaé, como parte da programação de abertura do festival, Sidney Castello Branco lança seu livro “Benedicto Lacerda – O Flautista de Ouro – Um Gênio na Orfandade” e o songbook Benedicto Lacerda. A primeira obra, uma biografia documental, traz muitas curiosidades e fatos inéditos da vida deste macaense que se tornou um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira. A segunda obra, que já foi lançada nos Estados Unidos em agosto, será apresentada pela primeira vez no Brasil durante o festival. São 12 faixas com os maiores sucessos de Benedicto como “Dinorah”, “Flauta e Pandeiro”, “Pretencioso”, “Orgulho” e “Seresteiro”, todas 100% de autoria do homenageado.
Programação
· Entre 09 e 15, fica à disposição do público, no foyer do Teatro Municipal de Macaé, uma exposição biográfica de Benedito Lacerda.
· Às 20h, do dia 10, o autor do livro “Benedito Lacerda – O Flautista de Ouro – Um Gênio na Orfandade” ministra palestra sobre o homenageado no Teatro Municipal de Macaé, onde também será realizado o show do Regional Choro das 3 logo em seguida.
· Regional Carioca e Paulo César Pinheiro serão as atrações do festival no 11 de outubro, a partir das 20h. As apresentações também serão realizadas no Teatro Municipal de Macaé.
· Dia 12 de outubro, das 09h às 13h, acontece nas sociedades musicais Nova Aurora e Lyra dos Compositores, ambas no Centro de Macaé, oficina musical em parceria com a Casa do Choro e Escola Portátil de Música.
· De 13 a 15, seis espetáculos infantis de mamulengos e fantoches (biográfico-musical) com a Cia Volta Seca vão ser realizados nas escolas da rede municipal de ensino de Macaé.
· Encerrando o festival, dia 15, a partir das 20h, a rua que leva o nome de Benedito Lacerda, na Praia das Conchas, recebe Zé Rangel Quinteto. No mesmo local, o Regional Imperial convida os flautistas Antônio Rocha e Werlles de Paula.