Os professores da rede municipal de ensino, que visitaram a XII Bienal do Livro no Rio Centro, sábado (21), na capital fluminense, compraram centenas de obras que vão compor suas bibliotecas particulares e fornecer subsídios às suas aulas, levando mais conhecimento e informações às crianças e jovens. A Casa de Educação recebeu doação de pessoa física, que deseja permanecer no anonimato, no valor de R$ 1mil, para iniciar sua biblioteca.
A maior parte dos livros adquiridos pelos professores tem conteúdo didático-pedagógico, com o foco na prática do ensino fundamental e médio. A Coordenadora Geral da Casa da Educação, Márcia Branco, falou sobre a doação que o setor recebeu. “Pedi às coordenadorias que encomendassem livros pertinentes a cada uma. Assim, foram comprados livros com orientação pedagógica, outros para a educação especial, educação infantil, fundamental e de Jovens e Adultos. Foram gastos R$ 750, porque não houve tempo hábil para percorrer todos os estandes. O restante do dinheiro se destina à compra de outros títulos necessários ao acervo da Casa”, informou.
Os professores puderam extrair ensinamentos da própria organização do evento. Não era apenas uma grande feira, segundo a professora Andréa Assis, da equipe de Integração da Secretaria. “As personagens saltavam dos livros e vinham conversar com os visitantes, encantando crianças, jovens e adultos. Nos estandes dirigidos ao público infanto-juvenil, havia almofadas que permitiam uma leitura despojada. Grandes painéis convidavam os leitores a viajar pelo interior dos estandes, alguns até atentando para a curiosidade do público. Um cenário multicor, que lançou mão de marionetes, fantoches, dobraduras de papel”, contou Andréa. Os professores também aprenderam, através de um folder, a acondicionar corretamente os livros na estante, visando a sua maior durabilidade.
Dentre os autores presentes, Jô Soares participou de um talk-show, em que foi o entrevistado. Os professores puderam fazer perguntas sobre seus livros, principalmente o romance policial “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras”, que tem como gancho o hipotético assassinato dos membros da Academia, que beberam o Chá das Cinco envenenado. A professora Isis Maria, da Casa da Educação, ressaltou que é uma leitura interessante para alunos do ensino médio, a partir da linguagem do autor.