O grupo Cidade Negra e a cantora Zélia Duncan fazem a festa deste final de semana do Fest Verão 2006, promovido pela prefeitura de Macaé na área de lazer de 60 mil metros quadrados montada no quilômetro três da Linha Verde. Os shows, com entrada franca, começam às 23h. O pop reggae do Cidade Negra é a atração desta sexta-feira (3), e a MPB de Zélia Duncan, sobre ao palco no sábado. No próximo fim de semana, os shows são com Cheiro de Amor e Detonautas. O Fest Verão vai até o dia 19.
Mas a programação do Fest Verão não é só shows. Às 18h, sexta e sábado, começam as atrações da Tenda Cultural, com apresentação de esquetes de teatro e circo e bandas locais, dentro do projeto Verão Solidário, promovido pela Fundação Macaé de Cultura. No Fest Verão Esportivo, a atração do fim de semana é o Campeonato Municipal de Beach Soccer e o Beach Soccer dos Artistas, que acontece domingo, a partir das 16h.
No show de sábado, Zélia Duncan promete aos fãs fazer um passeio musical por sua carreira, iniciada em 1990 – no repertório estão as clássicas Catedral e Alma, além de canções de seu mais novo trabalho, Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band, lançado ano passado.
Dona de uma marcante voz, esta cantora e compositora niteroiense nascida em 1964 surgiu trazendo muitas influências do folk anglo-saxão para a MPB. Começou a cantar profissionalmente no início dos anos 80 e em 1987 estreou como solista, apresentando-se em bares cariocas.
Usando seu verdadeiro nome, Zélia Cristina, participou do Projeto Pixinguinha ao lado de Cida Moreira e Wagner Tiso e gravou um LP, Outra luz, pela Eldorado, em 1990. O disco vendeu pouco e Zélia resolveu tentar a sorte o mais longe possível, nos Emirados Árabes Unidos, onde foi cantora em um hotel de luxo.
Voltou ao Brasil em 1992 e, com novo nome artístico, Zélia Duncan (sobrenome de solteira de sua mãe), ganhou prestígio ao participar de songbooks de Almir Chediak. Em 1994, lançou pela Warner o álbum Zélia Duncan, marcado por parcerias com o baterista e bandolinista Christiaan Oyens, e teve um estrondoso sucesso a partir da inclusão de "Catedral" (versão de "Cathedral Song", da anglo-asiática - nascida na Alemanha, Tanita Tikaram) na trilha da novela A Próxima Vítima.
O disco seguinte, Intimidade (1996) consolidou seu sucesso, confirmado por Acesso (1998) e aumentado por Sortimento (2001). Com voz grave e suave, Zélia se consagrou com o segundo CD, como cantora e compositora pop - mas marca sua presença na MPB compondo pérolas com Lucina, como Miopia, A Fé, Coração na Boca e Inteira Pra Mim, ou ainda em gravações para a Série SongBook, de Almir Chediak - a música Sábado em Copacabana, de Dorival Caymmi, ganhou nova roupagem e interpretação deliciosa por parte dela.
Em seu CD de 2004, Zélia presta um verdadeiro tributo à boa música brasileira - com direção musical e produção de Bia Paes Leme, Eu me transformo em outras, traz recriações de grandes cantoras brasileiras de todos os tempos, uma belíssima homenagem de Zélia a suas influências musicais, com arranjos cuidadosos e interpretação impecável da cantora.
No seu último trabalho, Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band, Zélia mistura as tendências mais vivas que procedem do rock, do samba, do country, da bossa, do blues, do som marginal e do mundo pop.