As homenagens pelo centenário de nascimento da cantora Carmem Miranda, em 2009, já começaram em Macaé. “Taí Carmem Miranda no Carnaval de Macaé”, é tema da decoração de Carnaval de 2007, na Linha Verde, local dos desfiles das Escolas de Samba. Quarenta manequins de tamanho natural, vestidos ao estilo da pequena notável e instalados num mini-palco iluminado, enfeitarão a Avenida do Samba e o palanque oficial da prefeitura. Reprodução de cartazes de shows e de filmes, em que Carmem atuou, completarão a decoração de carnaval.
As medidas das esculturas são as mesmas da cantora: 1,53 metros e 101 de quadril. O rosto muito semelhante, recebeu maquiagem, como Carmem Miranda também se pintava. Os quarenta manequins estarão vestidos com as roupas características da artista: verde, dourado e vermelho. Cinco manequins especiais estarão dispostos no palanque da prefeitura. A decoração de Macaé está a cargo do carnavalesco macaense Ely Perón Frongilo.
- Desde 2005, eu já tinha essa idéia de fazer um carnaval que tivesse como tema a Carmem. O objetivo é dar o start no município das comemorações do centenário dessa grande cantora e atriz. Ela tinha muito talento, era simples e chegou ao estágio máximo da sua carreira -, disse o carnavalesco que convidou o diretor do Museu Carmem Miranda, Cesar Balbi, para ver as esculturas que enfeitarão a Linha Verde, a partir desta quarta-feira (14).
Cesar Balbi esteve em Macaé conhecendo os trabalhos do carnavalesco macaense, na última sexta-feira (09), data de nascimento de Carmem Miranda.
- Vim do Rio ver o trabalho. As esculturas estão muito boas e é ótimo saber que Macaé já iniciou as homenagens ao centenário de nascimento da cantora, principalmente, lembrando de Carmem Miranda no carnaval, disse Cesar Balbi.
A pequena notável nasceu em 09 de fevereiro de 1909, na Freguesia de Marco de Canavezes, Província de Beira-Alta, em Portugal. Veio para o Brasil ainda muito pequena. Em função de sua pouca estatura gostava de usar aqueles saltos enormes, plataformas mesmo de tão altos. Por causa disso, o radialista César Ladeira a batizou, carinhosamente, de “ Pequena notável”.
No final da década de 30 já cantava os melhores compositores da época, como Assis Valente e Ary Barroso. Junto com o conjunto Bando da Lua, cantava a música “O que é que a baiana tem” quando foi vista por Lee Schubert, empresário americano de muita influência na Broadway. Esse contato rendeu a Carmen o ingresso no universo artístico norte-americano e o sucesso em Hollywood. A cantora morreu em 05 de agosto de 1955, aos 46 anos de idade.