Mosaicos, interferências, instalações, pinturas, desenhos e esculturas são algumas das nuances do trabalho de Adriana Russi. A artista plástica abre sua exposição “Ilações”, nesta terça-feira (19), às 19h, na Galeria de Arte Hindemburgo Olive. As obras poderão ser apreciadas gratuitamente até 30 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Uma pesquisa com os índios Xavantes e um mestrado em cestaria na Região do Vale do Ribeira/SP influenciaram toda produção de Adriana Russi. A base de sua criação, sempre que possível, abrange diversas vertentes artísticas.
Seu estudo com os Xavantes/MT, que impulsionou outras pesquisas e produções na área da cultura popular, aconteceu em 1997, durante uma pós-graduação strictu sensu da PUC/SP. Formada em educação artística, com habilitação em artes plásticas, pela Universidade Mackenzie/SP, Adriana, ao longo de sua carreira, dedica-se à organização e montagem de exposições e eventos culturais.
Há oito anos, a artista mora em Saquarema e ministra aulas em universidades, como a Cândido Mendes, Universo, Faculdade de Educação Silva Serpa e Universidade Federal Fluminense (UFF) de Rio das Ostras, no curso de produção cultural. Suas experiências como arte-educadora, produtora de eventos de arte e de museologia foram enriquecidas com uma participação em intercâmbio cultural na Universidade de Rouen (França).
Na UFF, Adriana é autora e orientadora do Projeto de Pesquisa "Interfaces entre a Arte, Educação e a Produção Cultural", além de estar envolvida com projetos de extensão. Ela integra, ainda, a diretoria da Associação Cultural de Rio das Artes (Acra).
Desde o início da carreira, Adriana procura se manter no campo do inconsciente. Suas obras dão sugestões oníricas, aproximando-se do processo de criação expressionista e, no início, naturalista. Em sua criação, a artista propaga o desejo de se manter em harmonia com a natureza. Em algumas séries, a presença do elemento natural se dará de forma objetiva. Ela declara não ter controle sobre seu processo criativo. Entretanto, seu trabalho não é desordenado, há uma mescla de elementos, formas e cores. Sua técnica envolve o uso de materiais naturais (pigmentos minerais) e a criação das tintas.
Atualmente as experimentações da artista passam pelo campo das pigmentações minerais, com a forte presença de linhas que se entrecruzam, sugerindo movimentos e proporcionando uma inquietação visual. “Nós vamos além neste vernissage. Vamos apresentar vertentes da arte”, disse Adriana que informou que não se limitará ao espaço da galeria.