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Aluno da Escola do Frade recebe mais um computador do prêmio Joaquina Maria de Castro

25/11/2008 16:14:19 - Jornalista: Joanna Benjamin - estagiária

Com objetivo de melhorar o desempenho escolar dos alunos da Escola Estadual Municipalizada Fantina Mello, localizada no distrito do Frade, em Macaé, uma família macaense ofereceu pela segunda vez um computador para o aluno que teve o melhor desempenho durante o ano letivo. O evento aconteceu na tarde da segunda-feira (24) na própria escola com apoio da prefeitura de Macaé por meio da secretaria de Educação.

Este ano, o aluno vencedor foi Rogger Loureiro, do quinto ano do Ensino Fundamental. Segundo a diretora da escola, Márcia Braga Vieira, durante todo ano letivo os alunos do primeiro ao quinto ano foram analisados.” Das cinco turmas do Ensino Fundamental, forma escolhidos cinco alunos para o sorteio final. Os alunos foram avaliados nos quesitos comportamento,freqüência e desempenho acadêmico”, explicou Márcia.

- Criamos esse prêmio para o melhor aluno da escola em homenagem à minha mãe que foi professorada escola por 32 anos, Joaquina Maria de Castro. Eu e meus seis irmãos fizemos o curso primário na escola e somos muito gratos a toda educação que nossa mãe nos ofereceu, disse o filho mais velho da Joaquina, Jomyr Castro Neto, que se formou em medicina pela Faculdade Fluminense de Medicina e exerce sua profissão há 50 anos no estado de São Paulo.

Na primeira edição do prêmio, os alunos do primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental teriam que apresentar um texto falando da vida profissional de Joaquina Maria Castro. Já na segundo edição do prêmio, o critério foi diferente. Foram escolhidos cinco alunos para um sorteio mediante a uma avaliação feita durante todo o ano.

Joaquina Maria Castro e sua trajetória na educação

Joaquina Maria Castro formou-se aos 17 anos em magistério e foi nomeada para a Escola do Frade, criada especialmente para ela com o nome de Fantina Mello, sua mãe, também professora. Até aquela data, o distrito não tinha escola. Com a sua ida para o Frade, ela precisou da colaboração de voluntários para ajudar na alfabetização. “Voluntários sem formação, mas com carinho, dedicação e amor muito contribuíram”, lembrou a filha de Joaquina, Jussara Castro.

Com a chegada das professoras nomeadas, algum tempo depois, elas não tinham moradia e com isso Joaquina, acolhia as professoras em sua casa sem cobrar nada. O único objetivo da professora era agregar professores no seu grande ideal, que era a educação. Nesta época, os alunos terminavam a sexta série e logo faziam prova de admissão para a primeira série Ginasial, onde eram sempre classificados.

Com todo seu esforço e dedicação Joaquina pleiteou junto às autoridades à construção do grupo escolar e como forma de retribuição foi dado o nome de sua mãe. Joaquina faleceu com 93 anos deixando seis filhos, 16 netos e 20 bisnetos.