Joinville – O Programa Art Luz da prefeitura de Macaé foi o grande vencedor da noite de sexta-feira (25), na mostra competitiva. A coreografia “Todo Bobo” venceu a categoria trio contemporâneo avançado, no maior festival de dança do Mundo: o 26º Festival de Joinville. Nesta competição não houve primeiro lugar por falta de pontuação e a Cia Art Luz de Dança e Teatro foi a vencedora por ter chegado em segundo, competindo com os grupos Corpo Livre (SP), Fernando Lima (SC), Jair Moraes (PR), Clube Atlético Aramaçan (SP), Estúdio de Dança Luciane Junqueira (SP) e Beth Dorça (MG).
Alegria e emoção marcaram esse momento, fruto do trabalho da coreógrafa Alessandra Gripp, da diretora de teatro Cláudia Bispo e da ensaiadora Kátia Alves.
De acordo com Alessandra Gripp, o êxito do empreendimento que custou muitas horas de ensaio deveu-se à palavra chamada amor. “Os bailarinos têm direito de receber este troféu, eles são vitoriosos e perseverantes”, ressalta a coreógrafa. Já a diretora teatral Cláudia Bispo lembrou que inovar e sair do lugar comum foram levados em conta pela comissão julgadora.
A coreografia “Todo Bobo” abusa de expressões faciais, de interpretações, que temperam a coreografia, deixando-a mais solta e alegre. “Este diferencial trouxe esta colocação histórica para a Cia Art e Luz de Dança e Teatro. Os bailarinos assumiram suas características e identidades”, pontua Cláudia.
A obra “Todo Bobo” tem a duração de dois minutos e meio, tempo em que o cantor (MPB) Zeca Baleiro canta a música Telegrama, uma mistura de soul e vogue. A letra da música diz que o cantor estava só, mas “nêgo, sinta-se feliz porque no mundo tem alguém que muito te ama”. “E quando alguém te ama, você fica todo bobo”, justifica Alessandra Gripp.
Três bailarinos de Macaé, integrantes do Art Luz, dançaram para cerca de oito mil pessoas no Centreventos Cau Hanssen. Os jornais Notícia e Gazeta de Joinville, ambos da cidade catarinense, já haviam dado destaque aos bailarinos do Programa Art Luz da prefeitura de Macaé, por meio de reportagens e fotografias, em suas páginas sobre o 26º Festival de Dança de Joinville. O Art Luz foi o único programa que trabalha com inclusão social presente na mostra competitiva.
A coreografia foi apresentada pelos bailarinos Alencar Rosa Ramos, de 19 anos, Gleidson Carvalho Gonçalves, de 17 anos e Pedro Henrique Lopes, de 19 anos.
- Acredito que há várias formas de dançar sem precisar fazer força. A expressão e a técnica são ingredientes fundamentais para dar vida à coreografia, afirma Pedro.