De aluna a professora. A descoberta de uma vocação cultural a partir de uma oportunidade no momento certo, mostra o quanto as pessoas são capazes. O Programa Art Luz, que leva balé, teatro, jazz, capoeira, entre outros às comunidades carentes do município, foi o trampolim para que a jovem Márcia Soares, de 19 anos, experimentasse habilidades e novas aptidões. Hoje, ela se tornou professora de jazz de 16 crianças e adolescentes, nas Malvinas. Desde os 11 anos, ela está no Art Luz, patrocinado pela prefeitura.
De todas as aulas, ela se identificou mais com o jazz. Segundo Márcia, o estilo mistura outros elementos como balé e hip hop. “Dançamos ao som de músicas da Legião Urbana ou também de baladas de dança de rua”, conta. Ela acrescenta que o Art Luz proporciona aos jovens de origem mais humilde, organização, disciplina, educação e boa formação.
Moradora da Barra de Macaé, Márcia é órfã de pai. Vive com a mãe, que é doméstica, e a irmã de oito anos, que também ingressou nas aulas de jazz do programa. Sua aluna Juliana Pinto da Silva, de 13 anos, disse que aprendeu com a professora a ter mais responsabilidade nos horários.
Márcia foi aluna de mestres como Alessandra Gripp e Cristine Ximenes (jazz) e Robson Escabeche (balé). “Foram e são exemplos para mim. Eu os sigo. Confiei nestes professores e eles me corresponderam”, avalia.
Além da ex-aluna do Art Luz que se tornou professora do programa há dois anos ser exemplo de inclusão social, Márcia também é membro da Cia Art Luz de Dança e Teatro. Na próxima quinta-feira (22), ela e outros 20 bailarinos (jazz) irão participar do Festival de Dança de Cabo Frio, onde apresentará a coreografia “Cinderela”, de Alessandra Gripp.
- Queremos levar o nome de Macaé e da administração municipal aonde formos para mostrar a arte e a luz que brilham em nós – finaliza a diretora do Programa Art Luz, professora Ângela Terra.