Foto: Bruno Campos
Com samba no pé, equipe da limpeza mostra animação ao percorrer seis vezes a avenida em apenas uma noite
O antropólogo Roberto DaMatta afirmou na década de 70 que o Carnaval é uma época de inversão de padrões sociais, na qual o pobre vira nobre e o homem se fantasia de mulher. A teoria de DaMatta, que completa 30 anos em 2009, pode ser aplicada em blocos e escolas de samba, mas não é aplicada para aqueles que viram a madrugada trabalhando, como é o caso do Bloco da Limpeza da Linha Verde, composto por cerca de 20 garis, que imediatamente após a passagem das escolas, faz a limpeza da passarela.
- Estamos trabalhando e nos divertindo. É um prazer deixar a avenida limpinha para a próxima escola passar – disse o gari Vicente Ribeiro, que não deixa de lado o gingado e o samba no pé ao varrer a avenida. A equipe é da secretaria de Serviços Públicos.
De acordo com o secretário de Serviços Públicos, George Jardim, neste ano, somente trabalharam na avenida os funcionários que gostam de atuar na passarela do samba. "Assim, o grupo trabalha com mais alegria", comentou.
Outras equipes de plantão nesta madrugada são: Guarda Municipal, que atua em apoio à segurança; Defesa Civil; secretaria de Saúde, com equipe de médicos, enfermeiros e auxiliares; Comunicação Social, com equipe de jornalismo e fotografia; Cerimonial, coordenando o palanque oficial; secretarias de Mobilidade Urbana, no trânsito e transporte e de Obras. As polícias Civil e Militar também dão apoio ao Carnaval.