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Cidade Universitária lança Sexta Cultural

22/10/2007 15:59:34 - Jornalista: Andréa Lisbôa

A Fundação Educacional de Macaé-Funemac, vinculada à secretaria Especial de Desenvolvimento Local, abriu na sexta-feira (19), no auditório da Cidade Universitária, o projeto Sexta Cultural, com uma palestra da presidente da Fundação Macaé de Cultura (FMC), Conceição de Maria Rosa. O evento também encerrou a Semana Universitária que abordou o tema “Educação e Sustentabilidade”. Neste período, a Educação foi discutida pela comunidade acadêmica de forma ampla e associada a questões ambientais, econômicas, sociais e culturais.

Os eventos do “Sexta Cultural” acontecerão mensalmente, a partir da 20h, com a proposta de discutir diversas temáticas. As palestras, performances e esquetes serão abertos à comunidade. “Além de integrar alunos da Funemac e da UFF, nosso objetivo é integrar cultura popular e acadêmica”, disse Meynardo Rocha, coordenador acadêmico da Funemac.

Conceição de Maria explanou sobre a cultura como uma das possibilidades para o desenvolvimento sustentável, promotora de inclusão social e geradora de trabalho e renda. “A cultura não pode ser vista como algo marginal. Nem tão pouco, como eventos isolados. Ela deve construir conceitos, mudar valores, criar e recriar. Nos levar a algumas reflexões”, enfatizou. Ela abordou a cultura popular e a de massa e elogiou iniciativas como o Sexta Cultural. “Temos que falar de cultura nas universidades, escolas e praças”, disse, apresentando o “Roda Viva da Cultura”. O projeto será lançado no domingo (28), com o objetivo de fazer cultura nos bairros e abrir novos espaços para produtores e artistas.

Convidadas pela FMC, Vânia Tolipan e Elaine Oliveira, dos Portadores da Alegria, apresentaram coreografia concebida pelo coordenador artístico Ademir Martins a partir de improvisações das bailarinas. A entidade tem como finalidade integrar a pessoa portadora de deficiência à arte em geral. “A participação em eventos como esse é importante para a inclusão social. É uma oportunidade para as pessoas refletirem sobre o que é normalidade e deficiência”, ressaltou Ademir. Vânia elogiou a acessibilidade da Cidade Universitária, que possui rampas e banheiros adaptados.

A aluna de canto e violão do Conservatório Macaé de Música da Fundação Macaé de Cultura, Paula Carias, apresentou uma canção de sua autoria no gênero gospel. A necessidade de abertura de espaço cultural às diversas vertentes também esteve na pauta de discussão. A platéia interagiu cantando “Nos Bailes da Vida”, de Milton Nascimento, uma apologia à democratização da cultura. “Todo artista tem de ir onde o povo está”.