Foto: Moisés Bruno
Granja dos Cavaleiros será o primeiro bairro beneficiado com a ampliação da rede coletora de esgoto
Começaram esta semana as obras da segunda fase de implantação da Estação de Tratamento de Esgoto Centro, do Subsistema Centro. As obras vão beneficiar 120 mil pessoas de 23 bairros da cidade e tiveram início na segunda-feira (6), começando pela Granja dos Cavaleiros, com abertura de ruas para a instalação das redes coletoras de esgoto.
Continuando as ações da segunda fase dessas obras, na terça-feira (7) chegaram a Macaé, no local onde a ETE está sendo construída, na Linha Verde, as primeiras carretas com material para montagem dos módulos de tratamento do esgoto e começa a ser montado o galpão de apoio de construção dos módulos de tratamento.
Para o desenvolvimento do Subsistema Centro, a prefeitura investe R$ 250 milhões na construção de 118 quilômetros de redes de esgoto (só essa rede é maior do que a distância que separa Macaé de Campos, que é de 109 quilômetros), rede coletora, coletor tronco e linha de recalque. O projeto também prevê a construção de 57 Estações Elevatórias e uma Estação de Tratamento de Esgoto com três módulos, com capacidade para tratar 300 litros por segundo.
As obras da ETE Centro estão previstas para serem concluídas no final de 2017 e a instalação das redes coletoras serão realizadas nos bairros Vale Encantado, Lagoa, São Marcos, Granja dos Cavaleiros, Novo Cavaleiros, Glória, Cancela Preta, Riviera Fluminense, Sol y Mar, Jardim Vitória, Nova Macaé, Botafogo, Aroeira, Miramar, Visconde de Araújo, Campo D'Oste, Novo Horizonte, Praia Campista, Costa do Sol, Alto dos Cajueiros, Imbetiba, Centro e Cajueiros.
As intervenções parciais ou totais, nas vias públicas dos bairros que compõem o Subsistema Centro, foram previamente acordadas entre Odebrecht Ambiental (empresa responsável pelas obras através da Parceria Público Privada firmada entre a prefeitura e a Empresa Pública Municipal de Saneamento, Esane, que é responsável pela fiscalização das obras) e a Secretaria de Mobilidade Urbana, com o objetivo de evitar grandes transtornos para a população durante a implantação da rede de esgoto.
A Odebrecht Ambiental informará com antecedência a comunidade dos locais que receberão as obras e outros órgãos competentes, bem como o período previsto para sua execução. Para tanto, serão distribuídos materiais informativos e comunicados de interdições das vias públicas; ocorrerão reuniões com os moradores antes de iniciar as obras em suas localidades; além da realização de uma campanha de divulgação. Todos os pontos de obra serão sinalizados e possuirão equipamentos de segurança, como tapumes e sinalização de alerta e desvios (diurno e noturno).
Durante o período das intervenções, e mesmo depois que as obras forem concluídas, a empresa disponibilizará o Plantão Social, formado por funcionários da empresa que estarão disponíveis para esclarecer as dúvidas da população.
Cronograma de obras da primeira semana de abril:
Granja dos Cavaleiros
Rua do Açude
6/04 a 18/4
Granja dos Cavaleiros
Alameda do Jabuti
6/04 a 9/4
Granja dos Cavaleiros
Rua do Ipê
9/4 a 22/4
Estação de Tratamento de Esgoto
O Subsistema Centro contará com uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). A ETE Centro está sendo erguida em um terreno na Linha Verde em duas etapas. Com a conclusão da atual fase de obra, com a construção do primeiro módulo da ETE, prevista para o segundo semestre de 2015, a unidade será capaz de tratar até 100 l/s. Terá início a terceira fase das obras, prevista para estarem concluídas em 2017, quando a ETE Centro terá sua capacidade de tratamento ampliada para 300 l/s, beneficiando aproximadamente 120 mil pessoas.
A ETE Centro terá a mesma tecnologia empregada na ETE Mutum: o tratamento terciário, que é responsável pela significativa redução do fósforo e do nitrogênio contidos no esgoto, possibilita que o efluente seja devolvido à natureza mais límpido e livre dos elementos causadores da poluição. Outro grande benefício proporcionado com o tratamento terciário é a desinfecção do esgoto, por meio do sistema ultravioleta, que permite a redução de agentes infecciosos presentes no efluente. Essa etapa configura-se como a prática mais segura para o controle de transmissão de doenças.
Avanços no esgotamento sanitário de Macaé
Em novembro de 2012, antes do início da PPP, apenas 28% da população de Macaé tinha seu esgoto coletado. Além disso, o município não contava com tratamento de esgoto, que era lançado in natura diretamente nos recursos hídricos, principalmente na Lagoa de Imboassica e no Rio Macaé.
Hoje, após dois anos de gestão da PPP, todo o Subsistema Mutum foi concretizado, o que compreendeu a implantação de 26 quilômetros de rede coletora e a construção de nove Estações Elevatórias e da ETE Mutum. Os resultados já são visíveis na Lagoa de Imboassica, que voltou a receber a prática de esportes náuticos e recuperou sua balneabilidade, atestada pelo Instituto Estadual de Ambiente (INEA), devido à redução considerável do nível de coliformes fecais.