Manter baixo o nível de água da Lagoa Imboassica, como medida permanente e a curto prazo. Esta foi a conclusão à que chegaram engenheiros, técnicos, pescadores e integrantes do Comitê de Bacia dos rios Macaé e das Ostras, que se reuniram quarta-feira (15) na Unidade Macaé do Cefet (Uned Macaé) para discutir as causas do transbordamento e a execução de medidas a curto, médio e longo prazos para acabar com o problema.
O ambientalista e presidente da Associação de Amigos e Defensores da Lagoa Imboassica (Adlim), Henrique Emery, participou da reunião.
- Inteirados das questões abordadas na reunião, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente de Macaé vão iniciar estudos, na próxima semana, para evitar o transbordamento da lagoa e minimizar o impacto que causa. A idéia inicial é fazer intervenção no canal Imboassica para reduzir o impacto do confronto das águas que vêm do condomínio Alphaville com as águas que saem da lagoa. Também se estuda a instalação de dois “ladrões” laterais para aumentar o volume do escoamento da água. Temos que buscar solução, a curto prazo, alternativas para monitorar o nível da lagoa. A urgência se dá devido ao período das chuvas, alertou Emery.
Segundo o secretário geral do Diretório Colegiado do Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Macaé e das Ostras, Rovani Dantas, a abertura do canal extravasor da lagoa – como a população fez recentemente – não é mais suficiente para evitar o alagamento.
- Há um canal extravasor em Rio das Ostras, construído na década de 1950 pelo extinto Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOS), que deve ser aberto todas as vezes em que houver necessidade. Mas o canal está, assoreado, precisa de obras, pois não resolve mais a situação. O canal tem de ser redimensionado, disse Rovani.
Jorge Barcelos, o tio Jorge, presidente da Associação de Pescadores da Lagoa de Carapebus, comentou sobre a solução emergencial e as demais em médio e longo prazos acertadas na reunião.
- Mantido baixo o nível de água da Lagoa Imboassica, para que ela suporte qualquer temporal, abre-se o canal extravasor nas Pedrinhas, em Rio das Ostras, para aliviar o volume das águas da chuva. É uma medida mais fácil, que não requer custos, para se enfrentar a estação das chuvas. Em março, então, começam as obras – construção de comportas no canal extravasor, para as quais a Secretaria de Estado de Rios e Lagoas (Serla), o Comitê de Bacias e as prefeituras de Macaé e Rio das Ostras deverão juntar recursos, concluiu tio Jorge.