A primeira Conferência Municipal de Proteção e Defesa dos Animais foi realizada na tarde desta quinta-feira (31), no Salão Nobre da Câmara Municipal de Macaé. O objetivo principal foi elaborar e discutir o Plano de Políticas de Proteção Animal do município. O evento contou com a presença do prefeito Welberth Rezende e representantes dos poderes legislativo, judiciário e ONGs que atuam na proteção animal no município.
O prefeito Welberth Rezende destacou a importância do evento e enfatizou que a criação da Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais é um marco para o município. “Estou muito feliz por receber todos e o governo tem se empenhado bastante para contribuir com essa pauta. Por esse motivo, criamos a secretaria para que ela possa ter mais autonomia e investir na causa animal”, pontuou.
O secretário de Proteção e Defesa dos Animais, Rafael Amorim, iniciou a conferência agradecendo a presença de todos pedindo um minuto de silêncio a todos os presentes em razão da cadela Miranda, assassinada na fazenda São José, na Região Serrana de Macaé.
“Esse crime brutal está sendo investigado pela Polícia Civil. Nós não poderíamos iniciar essa conferência, sem mencionar esse fato de maus-tratos”, ressaltou.
A secretaria de Proteção e Defesa dos Animais foi criada em 29 de março de 2023. Foram realizados 355 atendimentos, em que foram observadas demandas das mais variadas espécies, como denúncias de maus-tratos, abandono de animais, auxílio com agendamento e transporte para castrações, atendimento médico-veterinário, entre outras solicitações da população macaense, que foram recebidas por meio dos canais de comunicação oficialmente disponibilizados.
Para falar sobre como funciona o operacional da pasta, a coordenadora Raquel Giri, mostrou os dados estatísticos, a realidade do dia a dia do trabalho realizado pela equipe.
“O que podemos perceber é que os maus-tratos sofridos pelos animais pode estar ligado à questão econômica. O animal deve ser cuidado, pois muitos deles representam o apoio emocional de seu tutor”, disse.
Já o coordenador técnico, o biólogo Luan Campos, ressaltou que o município de Macaé é pioneiro em investimento na saúde animal.
“A saúde do animal e do homem estão entrelaçados e, por esse motivo, é que devemos cuidar deles. Nós entendemos que o melhor caminho para tratar desses animais em situação de rua é adotar a metodologia CNVR que significa capturar, castrar, vacinar e devolver”, explicou.
Ongs participam do evento - A presidente da Associação Protetora dos Animais Arca, Ovenia de Fátima Ribeiro Figueiredo, conta que a ONG foi criada em janeiro de 2019 e fez questão de participar da conferência para contribuir com sua experiência.
“Atualmente abrigo animais em situação de rua em uma localidade no Barreto e em minha própria casa. Precisamos do apoio governamental e, por isso, queremos contribuir para que as propostas para causa animal sejam concretizadas em nosso município”, disse.
Propostas para discutidas durante a conferência:
- Zerar a superpopulação de animais domésticos em situação de Rua em Macaé;
- Consolidação da estrutura e técnica da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Animal;
- Implantação e estruturação do sistema de assistência e saúde de Macaé (SISAMA);
- Programa Municipal de combate aos maus-tratos;
- Consolidação do programa municipal de esterilização (Macaé-Pet);
- Consolidação dos programas educativos de proteção animal;
- Desenvolvimento de programa de manejo e preservação de espécies da fauna;
- Erradicar o uso de animais de médio e grande porte em veículos no âmbito do município e regular a criação de animais de médio e grande porte.
