Resgatar a cultura popular de Macaé, através da linguagem oral. Este foi o desafio lançado durante o terceiro e último módulo do Encontro de Contadores de Histórias, “Histórias a gosto”, realizado na noite desta segunda-feira (11) no auditório da secretaria de Educação de Macaé. De uma maneira bastante descontraída, a pedagoga e arte-educadora Mônica de Menezes Couto mostrou aos contadores do grupo Historiarte, professores e pessoas da comunidade a importância de preservar as raízes culturais de uma cidade como Macaé, que recebe influências de povos do mundo todo.
- Macaé é uma cidade com uma cultura riquíssima, e é papel dos professores e dos contadores de histórias em não deixar essa cultura se apagar. São histórias e lendas como a de Mota Coqueiro, a da porquinha de tamancos da serra, a da Igreja de Sant’Anna, que estão na memória popular, mas que devem ser repassadas às nossas crianças. Mais do que qualquer outra cidade da região, Macaé está recebendo informações de culturas de todo o Brasil e até de outros países. Por isso, a importância de preservar a nossa identidade, disse Mônica.
Em sua palestra, a pedagoga lembrou que valorizar a cultura popular é dar voz à diversidade de um povo. Ela lembrou que a criança que tem contato com a cultura de sua cidade e do seu país abre na mente uma série de “brechas”, que fazem com que ela sempre procure saber mais um pouco sobre determinados assuntos.
- A partir daí, surge o maior interesse pela leitura. Além disso, a cultura popular é uma excelente fonte de “inspiração” para tornar as aulas de História e Geografia, por exemplo, bem mais interessantes. Sem contar o apoio que brincadeiras como parlendas e trava-línguas dão às aulas de Português, comentou.
O Encontro de Contadores de Histórias, uma iniciativa do grupo Historiarte com apoio da secretaria de Educação, teve a sua primeira edição no ano passado. Este ano, o Encontro foi dividido em três módulos, que além da cultura popular, discutiram as culturas indígenas, com a professora Tânia Pacheco, e a africana, com a professora Ivânia Ribeiro. Este ano, os alunos da rede municipal de ensino também ganharam a Casa de Contadores de Histórias, um espaço dedicado ao incentivo à leitura.