Danças Circulares no Solar dos Mellos: parceria com o CAPs Betinho

11/09/2014 15:42:00 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Foto: Divulgação

A parceria possibilita a integração dos usuários do CAPs com a sociedade

Dando continuidade à parceria com o Solar dos Mellos, O CAPs (Centro de Atenção Psicossocial) Betinho, realiza, na próxima segunda-feira (15), às 14h30, uma roda aberta de Danças Circulares. Segundo a psicóloga do CAPs Betinho, Fabrice Sanches, a parceria com o Solar dos Mellos possibilita a integração dos usuários do CAPs com a sociedade, de acordo com os objetivos da Reforma Psiquiátrica, que preconiza os recursos comunitários como base do tratamento.

- É nossa intenção promover diálogo continuado com os diversos atores sociais acerca da loucura, no intuito de minimizar o preconceito e promover o respeito à forma singular de existência do portador de sofrimento psíquico grave -, diz a psicóloga.

Ela conta que as Danças Circulares surgiram na década de 60, quando Bernhard Wosien, coreógrafo e bailarino clássico alemão, iniciou o estudo das danças folclóricas e étnicas de diversos povos, buscando compreender sua simbologia e imprimir um sentido às danças que não fosse puramente estético. Em 1976, Bernhard Wosien é convidado a apresentar a metodologia das Danças Circulares na comunidade de Findhorn, na Escócia, considerada o berço das danças circulares.

- As Danças Circulares em sua maioria, constituem-se de passos simples, permitindo a participação de todos, independentemente de terem prévio conhecimento em dança. O principal objetivo das Danças Circulares é resgatar o senso coletivo da dança, pois de mãos dadas e em roda vivenciamos o sentimento de integração, explica Fabrice, acrescentando que no CAPs Betinho, as Danças Circulares são realizadas, desde 2010, no espaço da Oficina de Expressão Corporal, realizada semanalmente.

- Percebemos que as Danças Circulares despertam a alegria do grupo, além de facilitar a movimentação corporal. Não há intenção de padronização estética e sim da expressão livre do movimento, já que cada participante encontra o seu jeito próprio de dançar. Entendemos este espaço como um dispositivo terapêutico na medida em que desperta a motivação, proporciona bem estar e possibilita a integração do grupo -, finaliza.