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Doação de sangue: um ato de amor ao próximo

28/11/2007 16:56:58 - Jornalista: Leonardo Consedey

Na semana em que se comemora o Dia Nacional do Doador de Sangue, a dona de casa Fabiana Ribeiro Lemos, 23 anos, pode ser considerada como um bom exemplo de como a solidariedade pode ajudar a salvar vidas. Ela mobilizou nada menos que 307 pessoas, que doaram sangue para o Serviço Municipal de Municipal de Hemoterapia de Macaé. Fabiana foi motivada depois da chegada de Guilherme e Caíque, seus filhos gêmeos que nasceram prematuros no Hospital Público Municipal (HPM), em abril deste ano.

“Meus filhos nasceram muito fracos, até com infecções. Tiveram que receber várias transfusões para sobreviver. Se não fosse pelas pessoas que, com suas doações, disponibilizaram sangue para o uso, eles não teriam nenhuma chance”, conta Fabiana. Os meninos nasceram com 26 semanas de gestação (aproximadamente cinco meses e meio).

Imediatamente após o parto, ambos ficaram internados. Caíque não resistiu às infecções e morreu em 11 de outubro. Guilherme, entretanto, foi liberado depois de três meses de internação. Hoje, aos sete meses, é uma criança saudável e ativa.

Enquanto seus filhos estavam internados, Fabiana conseguiu um verdadeiro mutirão de doadores de sangue para abastecer o estoque de sangue da cidade. “Insisti muito e convenci 307 pessoas, a maioria das Malvinas, onde moro, a doar. Fiz até com que eles assinassem um compromisso”, diz ela, que já fez quatro doações de sangue, inclusive para seu filho.

Para Fabiana, a doação é um ato que pode ajudar muitas pessoas. “Todo mundo poderia doar. Já sou doadora regular; faço uma doação a cada seis meses”, afirma.

Saiba mais sobre a doação de sangue

Qualquer pessoa, entre 18 e 65 anos, pode doar sangue regularmente. Basta pesar, pelo menos, 50 quilos, estar bem-alimentado e não apresentar comportamento de risco. Homens podem fazer até quatro doações por ano e mulheres, três.

Segundo dados do Serviço Municipal de Hemoterapia de Macaé (SMHM), em 2005 e 2006 o número de doadores regulares manteve-se estável em torno de 2,2 mil pessoas. Esse número, no entanto, nem sempre é suficiente para garantir o estoque de sangue da cidade, ainda mais com a grande demanda representada pelo HPM.

– Nessa época, principalmente, o estoque se torna mais importante, por causa do maior número de acidentes que acontecem nas festas de fim de ano – diz a assistente social Renata Oliveira, do SMHM.