Terça-feira (2), é o Dia Nacional do Samba. Nada mais justo do que homenagear uma das pessoas mais antigas e ilustres deste segmento. Após pesquisas, a comissão organizadora do evento definiu que a homenageada seria Carolina da Quintas Ferreira, conhecida como Dona Carolina. Aos 80 anos e com muita disposição, a matriarca do samba, contou um pouco da sua história e da fundação da Escola de Samba Acadêmicos da Aroeira e do bloco Filomena. A homenagem foi no caminhão/botequim, onde ladeada por músicos de diversas gerações, Dona Carolina recebeu um certificado de “Personalidade do samba”.
- Quando fundei a Acadêmicos da Aroeira, eu era diretora do Clube Atlético, e aí vieram os amigos Cabeleira, Milton Camilo, dona Maria da Conceição Rodrigues, e o meu marido Acrísio Gaspar, e juntos fundamos a escola. Ela foi criada nos fundos da minha casa, sempre fui presente na agremiação, foram 43 anos de luta. Naquela época, era muito difícil, porque não tínhamos ajuda, nós que nos juntávamos para por o carnaval na rua. Íamos com a cara e a coragem - lembrou.
Dona Carolina lembrou ainda do bloco Filomena e de um dos diretores. “A Filomena era considerada um bloco sujo, também surgiu no quintal da minha casa. Com os anos, passou para a casa de Orbélio Malvino de Lima, porque lá o espaço é maior. Até onde participei, sempre considerei o Orbélio como o melhor diretor. Ele ficou 20 anos na frente da escola, infelizmente já faleceu, mas contribuiu muito para o sucesso da Acadêmicos da Aroeira. Saí da escola há mais de três anos, mas fico feliz por ter recebido esta homenagem dos sambistas”, completou.