Espetáculo será no 5º andar do Centro Macaé de Culturas.
O espetáculo interativo ‘Café com Verdade’, com elenco composto por alunos do Curso Técnico de Teatro 2023 da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart), vinculada à Secretaria de Cultura de Macaé, será apresentado na próxima semana, nos dias 11 e 12 de março, às 19h30, no auditório do 5º andar do Centro Macaé de Cultura. O estudo para a peça teve início no primeiro semestre daquele ano letivo, a partir das disciplinas Arte e Cultura, Semiologia e Estrutura Dialógica do Monólogo, culminando na disciplina Prática de Montagem 1. Estas disciplinas integram o novo plano de curso da escola e se propõem à vivência pelo aluno do modo de produção de espetáculo de acordo com os padrões do mercado de trabalho.
A peça conta com a participação especial de alunos da turma do Técnico de Teatro 2024 e do curso de Canto da Escola de Artes. A apresentação do dia 11 será exclusiva para familiares e convidados do elenco. Para o dia 12, foram distribuídos gratuitamente ao público, na recepção da Emart, 60 ingressos (até dois por CPF). A classificação indicativa é 14 anos.
A diretora do espetáculo, Cláudia Byspo, destaca que a linguagem da obra é pautada na identidade dos atores, que interpretam a si próprios como personagens. Eles provocam uma conversa com a plateia, quebrando a ‘quarta parede’.
“Na estética, a dramaturgia cênica explode o espaço, com atuações e marcações que seguem a via do Teatro Oficina do mestre Zé Celso Martinez. Já a ideia de fazer teatro tomando café é baseada no conceito do Divino Social, quando o café da tarde acontece para um bate papo, momento em que, supostamente, a conversa entre familiares ou amigos seria verdadeira, humana e aberta. Estamos ousando em grau elevado na estética e no conteúdo, tirando o teatro do âmbito raso da diversão em que comumente é colocado e o elevando para o âmbito crítico, questionador da relação entre a verdade e a mentira que se apresenta na pseudo-harmonia social”, diz Claudia.
“Os estudos foram a base fundamental para a construção de uma obra com assinatura e identidade que vai surpreender pelo convite à retirada da forma passiva e tradicionalista de olhar o teatro. Os alunos construíram seus monólogos para contar suas histórias e, a partir deles, uma carpintaria dramatúrgica foi confeccionada para tecer o encontro das histórias. Elenco e direção se desafiam numa obra de construção coletiva”, completa.