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Encontro em Macaé discute implantação da Ferrovia Rio-Vitória

03/09/2015 11:34:00 - Jornalista: Carlos Fernandes

Foto: Flávio Sardou

Traçado proposto liga Nova Iguaçu a Cariacica, passando por Macaé

Após a realização das audiências públicas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Macaé sediou uma reunião para discutir detalhes do projeto e levantar as sugestões do município sobre o trecho ferroviário previsto para ser implantado entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. O encontro, realizado nesta terça-feira (1º) no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, contou com a presença do subsecretário de Transportes do Estado, Delmo Pinho, que fez uma apresentação detalhando o projeto.

O traçado proposto para a Ferrovia Rio-Vitória tem extensão de aproximadamente 580 km ligando o município de Nova Iguaçu-RJ até Cariacica-ES e atravessa 25 municípios, incluindo Macaé. A prefeitura considera o projeto da ferrovia que interliga os estados de grande importância logística e econômica para o município, assim como a ampliação do Aeroporto, construção da Estrada de Santa Tereza e do porto. Essa é a importância em se debater o tema, como explica o secretário de Mobilidade Urbana, Evandro Esteves.

- Estamos em um momento importante de discussão com o governo do estado, no que diz respeito à implantação da nova rodoviária, da ampliação do aeroporto e também com relação à proposta para a implantação desta nova ferrovia que é estratégica para o Brasil. Precisamos nos inteirar, entender melhor o que está sendo proposto e fazer nossas colocações, pois assim teremos como nos preparar para o desenvolvimento da cidade - disse.

De acordo com os dados apresentados durante o encontro, a concessão do trecho ferroviário entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo representa a construção da maior província portuária e logística do Brasil. O traçado proposto para o “Eixo Vitória - Rio” prevê a passagem de ferrovias por 11 áreas portuárias (18 Portos), em integração com a malha ferroviária nacional.

– A logística deve ser encarada como uma das áreas prioritárias, pois o Brasil é um país de custo logístico alto. E o investimento no eixo ferroviário terá como resultado uma diminuição significativa no volume de cargas que hoje é transportado por meio das rodovias. E Macaé não pode deixar de desenvolver sua infraestrutura, pois conta com um verdadeiro tesouro que é a indústria do petróleo – afirmou o secretário de Estado de Transportes, Delmo Pinho.

Macaé - De acordo com o que foi apresentado até o momento pela ANTT, a partir de Campos o traçado proposto passaria a utilizar o leito ferroviário antigo, conhecido como Estrada de Ferro Leopoldina, até a altura de Carapebus. A partir daí seria construído um leito novo, na altura do entroncamento da RJ-168 com a BR-101, no local conhecido com Trevo dos 17, para, posteriormente, atravessar a BR-101 e seguir pelo lado oposto à Serra até chegar ao Rio de Janeiro. O projeto prevê um traçado concebido em bitola larga e mista, com vagões longos (aproximadamente 130 composições), velozes (entre 100 e 120 Km/h) e de alta frequência.

Quanto ao traçado que passa dentro de Macaé, ainda estão em discussão questões como a passagem do leito pela área prevista para a expansão urbana, inclusive com relação aos polos industriais, em direção à BR-101 e a passagem da ferrovia no cruzamento com estradas vicinais e as rodovias estaduais, por meio de viadutos ou com a malha ferroviária passando por baixo das vias.

No entanto, outros pontos já tiveram uma resposta positiva, como a proposta para a construção de um Terminal de Transbordo de Cargas em Macaé, para o transporte eficiente de cargas da indústria offshore. A possibilidade do transporte de passageiros nas composições também teve uma resposta positiva.

Etapas – Após a fase de Audiências Públicas realizadas em Vitória-ES, no Rio de Janeiro, em Campos dos Goytacazes e em Brasília-DF, além da consulta pública à população, que também teve a chance de encaminhar contribuições por escrito à ANTT, agora estão sendo realizadas reuniões de acompanhamento e complemento de informações. A previsão é de que até o final de 2016 o projeto esteja aprovado.


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