Serviço Família Acolhedora homenageia pessoas e famílias que dedicam seu tempo a crianças ou adolescentes em vulnerabilidade Social.
Os gestos de amor, cuidado e atenção são todos os dias, mas existe uma data específica para uma pessoa ou grupo que decide ofertar essas atitudes em tempo integral à sociedade. Nesta sexta-feira (31), é celebrado o Dia Mundial do Acolhimento Familiar. Em Macaé, crianças e adolescentes de 0 a 18 anos recebem esse ato solidário. A família da orientadora social, Carla Campos, 47 anos, e suas filhas Thayná, Nicole e Nathália, todas maiores de idade, escolheu amar. Elas fazem parte do Serviço Família Acolhedora, realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade.
Atualmente, o município tem duas crianças em acolhimento e três famílias cadastradas, mas a coordenadora do Serviço Família Acolhedora, Milena Paradellas, destaca que é preciso aumentar o número de famílias acolhedoras que abraçam crianças e adolescentes afastados de suas famílias por alguma questão de risco ou violação de direitos.
“O acolhimento é uma medida de proteção, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), destinada a crianças e adolescentes que precisam ser afastados temporariamente de sua família de origem”, explica a coordenadora, acrescentando que conta com o apoio da equipe formada por psicóloga e assistente social.
“Eu e minhas filhas estamos no nosso terceiro acolhimento. Está sendo uma experiência diferente das outras porque as outras foram recém-nascidas e K.A, de 10 meses, já interage. Sobre sentimento é um amor que não tem diferença, pois para mim é como se fosse uma neta. As pessoas que não entraram ainda para o Serviço Família Acolhedora têm medo de se apegar, já que o amor é muito grande. Mas o intuito é esse mesmo, ou seja, dar carinho e afeto. Eles precisam disso até que possam voltar para a família ou adoção. Por outro lado, nosso maior aprendizado foi entender o lado da família que precisou deixar essa criança conosco. Tem sido um aprendizado enorme, principalmente para minhas filhas que desejaram entrar na família acolhedora e um dia serão mães”, disse Carla.
“A família acolhedora tem essa característica de convivência social diferente dos abrigos. É uma modalidade temporária até que seja encontrada uma solução de caráter permanente para a criança ou adolescente. Seja pela reintegração familiar ou, excepcionalmente, pela adoção. Acolhimento familiar e adoção são conceitos distintos. A começar pelo tempo de duração: o acolhimento é temporário; a adoção é definitiva”, explica.