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Febre aftosa: Macaé tem barreiras contra a doença

25/10/2005 14:26:28 - Jornalista: Alexandre Bordalo

A febre aftosa que assusta pecuaristas de todo o país não tem riscos de chegar a Macaé. A cidade é protegida por barreiras entre os estados do Mato Grosso do Sul, onde há casos comprovados, e Paraná, onde há suspeitas, com os estados que fazem fronteiras com eles. Além disso, há barreiras fixas e móveis na fronteira do estado do Rio de Janeiro com Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo.

Segundo o assessor e veterinário da Fundação de Agropecuária, Abastecimento e Pesca (Agrape), Alexandre Augusto Gomes de Oliveira, as barreiras móveis são traillers onde atuam fiscais veterinários e agrônomos. Estes veículos percorrem as estradas por onde infratores poderiam passar como forma de desvio para fugir das barreiras fixas.

“Somos um estado classificado como livre de febre aftosa com vacinação”, conta o profissional, lembrando que em março e em setembro acontecem as duas etapas da vacinação. A última terminou no último dia quinze de outubro tendo sido iniciada no dia 1º de setembro.

Aftosa

A febre aftosa é causada por um vírus, provocando inúmeras aftas na língua do animal e lesões no casco, que impedem o bovino de se alimentar e de se locomover. A doença não tem tratamento, juntamente com brucelose e tuberculose. A solução é o sacrifício dos animais. Isso gera prejuízo aos proprietários, pois todos os animais (mesmo sem apresentar sintomas da doença) devem, por medida de precaução, ser sacrificados.

Como exemplo, Alexandre citou a fazenda do Mato Grosso do Sul, onde havia 500 cabeças de gado. Foi constatada febre aftosa em 128. Porém todos os 500 foram sacrificados. “Isso serve de alerta para os produtores rurais de Macaé e região, que compram a vacina só para mostrar a nota, mas não vacinam. Além disso, há os que fazem sub vacinação, quando os proprietários compram 100 doses, mas possuem 300 cabeças de gado para serem vacinadas”, comentou.

Nestes casos, a Secretaria de Agricultura do Estado e o Ministério da Agricultura irão tomar as devidas providências, caso sejam identificados tais casos em Macaé. Além do mais, há um sorteio de propriedades em todo o país, onde colhe-se sangue dos animais para verificar se foram vacinados. Caso contrário, seus proprietários serão punidos conforme a lei.

Segundo disse, todos os proprietários têm a obrigação de vacinar seus animais. Em Macaé, a prefeitura comprou a vacina e a aplicou, utilizando para isso 23 vacinadores da Agrape, que proporcionaram a vacinação somente para pequenos proprietários rurais, vacinando 21 mil cabeças. Macaé tem 98 mil cabeças de gado, sendo o segundo maior rebanho do Estado do Rio de Janeiro, perdendo apenas para a cidade de Campos.