Feira Literária das Malvinas envolve a comunidade escolar

O combate ao racismo, reflexão sobre as raízes, cultura afro e a valorização da identidade foram destaques da Feira Literária das Malvinas (FLIMALV), que teve a culminância na Escola Municipal de Educação Infantil Emei Professor José Bruno de Azevedo. Durante três dias a garotada na faixa de dois a cinco anos teve a oportunidade de interagir e apresentar para a comunidade escolar trabalhos como recortes e colagem. Nesta sexta-feira (06) foi a vez de musicais apresentados pelos alunos. A unidade conta com 86 estudantes e 25 funcionários.

As apresentações foram baseadas nas seguintes obras trabalhadas nas salas de aula: "O Tesouro de Monifa", de Sônia Raquel; "Meu Crespo é de rainha", de Bel Hooks; "Que cor é minha cor", de Marta Rodrigues; e "Berimbalito", de Ulisses Andrade. Nos corredores da escola, pais, alunos e funcionários tiveram a oportunidade de apreciar trabalhos que destacam personalidades negras importantes em Macaé e no país, Carukango, quilombo, jongo e identidade.

Os irmãos Luís Felipe e Isadora Santos aproveitaram a programação. A mãe, Luísa Santos Oliveira, comentou que projetos como estes são essenciais. "Muito bom ver o trabalho quanto à inclusão", contou. Outros alunos, também animados, foram Mel Silva Santos, de cinco anos, e Maria Alice de Oliveira. A avó de Maria Alice, a dona de casa Josivânia Maia da Costa, apreciou a apresentação. "Fico feliz com tudo que vejo na escola e com todo esse carinho com os alunos", citou.

As diretoras Joana Muzi (geral) e Regiane Magalhães (adjunta) pontuaram que o trabalho voltado para a mobilização e consciência racial, empoderamento e representatividade faz parte do projeto político pedagógico da escola. "Toda comunidade se mobiliza. Trabalho questões como preconceito e valorização da identidade. Os pequenos são multiplicadores de informação", ressaltaram.

Também estiveram na programação a vereadora Isa Vicente e a equipe da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres.