O Centro de Estudos do Hospital Público Municipal de Macaé (HPM) promoveu no auditório do hotel Blue Tree Towers, na praia do Pecado, seu segundo Congresso Multidisciplinar de Trauma, que contou com a participação de profissionais de diversas especialidades e instituições. O evento foi realizado na sexta-feira e sábado passados (25 e 26). Segundo Luís Porto, diretor-superintendente do HPM, quem mais ganha com eventos deste tipo é a população:
– Essa troca de informações científicas é importante para estarmos atualizados com o que há de melhor para o traumatizado, que é um tipo de paciente muito comum no HPM; principalmente, vítimas de acidentes automobilísticos. Todo esforço que se faça, voltado para o trauma, é de fundamental importância – disse.
Joelsson Tavares, presidente do Centro de Estudos, também destacou a importância do tema na cerimônia de abertura: “Atualmente, o HPM é referência no tratamento de traumatizados, já que a BR-101, que corta nosso município, é repleta de acidentes. Não nos faltam vítimas de traumas”, afirmou.
Lei que salva vidas
A nova lei de trânsito que regulamenta o consumo de bebidas (a chamada “lei seca”) foi apontada pelos palestrantes, no primeiro dia do evento, como uma maneira de evitar acidentes. “Se não diminuir a quantidade, pelo menos haverá uma queda na gravidade”, disse o médico Flávio David, do Corpo de Bombeiros de Macaé. “Se não houver leis mais duras, ficaremos só enxugando gelo. Felizmente, o HPM tem dado um bom atendimento, que antes seria impensável, a vítimas do trânsito”, destacou.
O comandante do Corpo de Bombeiros estadual, o tenente coronel Fernando Suarez, mostrou estatísticas que apontam os acidentes automobilísticos como a principal causa de traumas na população:
– Em 2007, 64% dos pacientes vítimas de traumas sofreram acidentes com veículos. É mais do que atropelamentos e quedas. Na capital, já estamos vendo isso mudar, mas acho difícil que o mesmo aconteça no interior, porque a polícia, aqui, não dispõe de bafômetros – declarou.
Diversas especialidades
No sábado, entre 8h e 15h, profissionais de nutrição, enfermagem, ortopedia e cirurgia, entre outros, debateram, cada um em sua área, formas de melhorar ou tornar mais eficaz o tratamento a vítimas de trauma. Rosane Goldwasser, presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Estado do Rio de Janeiro (Sotierj), que colaborou com a realização do evento, destacou a importância das diversas especialidades:
– O trauma é a disciplina médica que promove maior interação entre as diferentes equipes. Todas devem estar envolvidas, cada uma cumprindo seu papel. Por isso, gostaria de parabenizar o HPM por esta iniciativa.