As complicações características do atendimento a pacientes de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids foram o principal tema do treinamento dado a funcionários do Hospital Público Municipal de Macaé (HPM) nesta quarta-feira (29) e organizado pelo serviço social da instituição. A palestrante, Isabel Alves, assistente social do programa municipal de DST/AIDS, debateu com assistentes sociais e enfermeiros do HPM a melhor forma de se prestar atendimento.
– As pessoas, mesmo sendo profissionais da área de saúde, às vezes se apavoram quando sabem que um paciente é soropositivo, e isso se reflete no atendimento. Outras doenças, como a hepatite B, também são transmitidas pelo sangue, o contágio é bem mais fácil, mas o pânico não é tão grande, diz Isabel.
Por isso, segundo ela, foi elaborada pelo Ministério da Saúde a política do aconselhamento, que define alguns pontos básicos no atendimento ao paciente de DST/Aids. Entre os principais, estão o apoio emocional e educacional, além de estratégias que visem a diminuir a conduta de risco do paciente. Afinal, de acordo com Isabel, a grande maioria dos soropositivos que atende foi infectada ao ter relações sexuais sem preservativos.
Novos encontros
Segundo a coordenadora do serviço social do HPM, Margareth Leite, o treinamento foi um excelente ponto de partida para a montagem de um protocolo de atendimento a pacientes de DST/AIDS com base na política do aconselhamento:
– Foi um encontro muito rico no sentido de percebermos a necessidade de humanizar e capacitar o atendimento. Tivemos também uma grata surpresa ao ver que os enfermeiros também estão muito preocupados com esta questão, e vão contribuir muito nessa discussão, conta ela.
Por causa disso, um segundo encontro foi marcado, para o próximo dia 26 de novembro. Nesta data, quando deverão participar também enfermeiros de outras instituições, espera-se encerrar a montagem do protocolo de aconselhamento específico para o HPM.