A prefeitura de Macaé, o governo do Estado do Rio de Janeiro e quatro instituições de educação do município assinaram contrato neste sábado (10), para a execução de 560 vagas para cursos gratuitos no município. A assinatura foi realizada durante o I Fórum do Trabalho de Macaé, no Teatro Municipal. O secretário Executivo de Trabalho e Renda, Claudio Bogado, Nassim Gabriel Mehedff, subsecretário de Estado da Subsecretaria de Formação e Qualificação e representantes da Fundação Educacional de Macaé (Funemac), CCMM, Diesin e Senac, participaram do evento.
As inscrições para os cursos podem ser feitas até a próxima quarta-feira (14), no horário comercial, na secretaria Executiva de Trabalho e Renda, na Estrada do Imburo, s/nº, na Ajuda de Baixo e no Sine, rua Francisco Portela, 954, no centro, em frente à Rodoviária. As 560 vagas para os 11 cursos fazem parte da primeira etapa da implantação de cursos profissionalizantes do Plano Territorial de Qualificação do Rio de Janeiro (Planteq-RJ), realizada por meio da secretaria de Trabalho e Renda de Macaé (Semtre).
Os cursos são direcionados prioritariamente para desempregados, pessoas com baixa escolaridade, em situação econômica difícil, para mulheres com baixa renda e que são chefes de família e para afrodescendentes. Serão priorizadas também as pessoas que estão na faixa etária entre 16 e 24 anos.
- Macaé tem um perfil complexo e desafiador a ser enfrentado pela prefeitura e pelo governo do estado, por causa da situação peculiar da exploração do petróleo, em que a população busca a cidade à procura de emprego, muitas vezes sem qualificação profissional. Isso ocasiona a violência e favelização, que só pode ser resolvida com a parceria entre governo federal, estadual e municipal no enfrentamento a essas questões promovendo qualificação e geração de trabalho e renda – destacou Nassim Mehedff.
- Este é apenas o primeiro lote das 1.255 vagas de cursos que serão disponibilizados para a população local. Após as inscrições haverá uma seleção com o perfil definido pelo convênio, onde vamos avisar quem irá participar. Os horários e locais serão definidos após a escolha dos selecionados para compor as turmas - explicou Cláudio Bogado.
Veja a relação dos cursos: almoxarifado, cuidador de idoso, operador de caixa e gestão de cooperativa de pesca (no Senac); informática aplicada as cooperativas e secretariado (CCMM); recepcionista de hotel, eletricista predial e bombeiro hidráulico (Diesin) e pintura industrial e auxiliar de plataforma (Funemac). Os cursos terão em média duração máxima de dois meses.
- Priorizamos a vocação local do município e suas necessidades, apontadas pela Semtre. Com esses cursos visamos atender as empresas estabelecidas no município para que possam encontrar aqui na cidade mão-de-obra capaz de preencher o quadro funcional com qualidade – informou Osíris Barbosa de Almeida, presidente do Conselho Municipal de Trabalho e Renda.
O Planteq repassa recursos para os estados, que por sua vez identificam as regiões adequadas para os investimentos. O Planteq visa o atendimento da demanda de ações de qualificação, requalificação e aperfeiçoamento social e profissional.
Fórum - O I Fórum do Trabalho de Macaé começou na manhã deste sábado, às 9h, com o objetivo de identificar e discutir políticas públicas para a inserção da população local no mercado de trabalho. O secretário Executivo de Trabalho e Renda, Cláudio Bogado, o presidente do Conselho Municipal do Trabalho, Osíris Almeida, e o vereador Maxwell Vaz participaram da abertura do evento.
Durante todo o dia foram realizados painéis e palestras que debateram as questões relacionadas ao mercado de trabalho local. Um dos painéis mais polêmicos foi sobre a obrigatoriedade das certificações fornecidas pela Abramam, Sampling e Nutec, que custam de R$ 800 a R$ 4 mil. Além do curso técnico - reconhecido através de registro no Conselho Regional - o trabalhador necessita fazer um dos cursos para obter certificação para ingressar no mercado de trabalho onshore e offshore.
Na entrada do Teatro Municipal foi realizada a Feira de Interação Social, onde os grupos produtivos de Economia Popular Solidária (EcoPopSol) puderam expor e vender seus produtos. Os produtos natalinos, como as girlandas, e os trabalhos em tecido das Mulheres Artesãs do Lagomar foram sucesso no evento.