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Macaé Cidadão inicia pesquisa sobre grau de alfabetização em pessoas acima de 15 anos

03/03/2010 16:35:58 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Foto: Kaná Manhães

Pesquisadores atentos às questões referentes ao novo trabalho

O caso daquela senhora do Rio de Janeiro, de 55 anos, que em uma reportagem de TV, disse que não saía de casa porque tinha vergonha de pegar um ônibus, sem saber o destino certo, pois não sabia ler nem escrever, foi lembrado na manhã desta quarta-feira (3), no auditório da secretaria de Educação da prefeitura de Macaé. É que o espaço recebia 10 pesquisadores do Programa Macaé Cidadão, que participavam do curso de capacitação para o projeto de pesquisa com pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler ou escrever.

- Os coletores de informação iniciarão seus trabalhos nesta quinta-feira (4) e irão terminar as apurações em uma semana. Eles irão visitar cerca de 396 domicílios na localidade da Ajuda de Cima. No dia 19 de março os resultados da pesquisa serão mostrados e entregues à Comissão Municipal de Alfabetização – explica a coordenadora geral do Programa Macaé Cidadão, Amélia Guedes. O Macaé Cidadão faz esse trabalho em atendimento à solicitação da secretaria Municipal de Educação.

De acordo com texto distribuído durante o evento: “embora a taxa de analfabetos tenha reduzido nos últimos anos em nossa cidade, graças ao empenho dos gestores educacionais, que, nos últimos oito anos fez crescer em 700% o número de alunos matriculados nas escolas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), é grande o número de cidadãos excluídos do básico direito de saber ler e escrever”.

Amélia conta ainda que em Macaé, segundo dados e informações da Pesquisa Domiciliar do Programa Macaé Cidadão, realizada nos anos de 2006 e 2007, 4,9% da população com 15 anos ou mais, não sabe ler e escrever.

Segundo representantes da Secretaria de Educação, “diante do exposto e considerando que a alfabetização de jovens e adultos é um tema nobre na educação e ponto de partida na formação da cidadania de Macaé, foi criada pelo governo municipal a Comissão Municipal de Alfabetização, presidida pela vice prefeita e secretária municipal de educação, professora Marilena Garcia.

Esta comissão tem, entre outras, as atribuições de fomentar a criação de núcleos alfabetizadores nos diferentes bairros e distritos de Macaé e realizar planejamento estratégico territorial, articulando às ações de alfabetização com subsídios e informações a partir de diagnósticos realizados pelo Macaé Cidadão.

Analfabetismo Absoluto e Funcional.

O analfabetismo absoluto ocorre quando a pessoa não consegue escrever o próprio nome e ler uma frase simples e que nas estatísticas aparece como sem instrução ou sem escolaridade, tendo ainda menos de uma ano de escolaridade.

Já o analfabeto funcional é aquele que tem pouquíssima escolaridade, menos de quatro anos/séries, e que lê precariamente ou não entende aquilo que lê.