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Macaé conquista edital do CNPq

04/03/2021 13:39:00 - Jornalista: Equipe Secom

Foto: Marcelo Pessanha

Trabalho desenvolvido pelo Nupem-UFRJ será focado nas restingas macaenses

Um trabalho do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade de Macaé (Nupem-UFRJ) conquistou edital nacional promovido pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), órgão do Governo Federal. A verba será destinada para o desenvolvimento de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (Peld), conduzidas pelo Nupem, ao longo das restingas macaenses. Com esse edital, o projeto contribuirá para a reunião de conhecimentos únicos para a conservação de praias e restingas em todo o Brasil.

Segundo o professor de Ecologia, Rodrigo Lemes, o Peld teve início em 1999 e já apresenta resultados únicos e robustos, devido à quantidade de dados produzidos em uma longa escala de tempo. “A importância dos ambientes de restinga reside no fato deles estarem em constante remodelação pelos oceanos. Abrigam uma diversidade de espécies que vivem em condições severas, quentes e salinas”, explica.

Rodrigo Lemes ainda diz que esta é a quarta vez que o Nupem consegue aprovação: as anteriores foram em 1990, 2016 e 2019. O trabalho vencedor vai virar livro. Trata-se de tema inédito sobre como as lagoas trocam nutrientes com o mar e com as vegetações continentais. “A gente também trabalha questões sociais: como as populações podem se desenvolver de forma sustentável”, detalha Rodrigo.

“Ao longo dos anos, os trabalhos científicos dos pesquisadores do Nupem têm sido aprovados pelo CNPq com mérito. “O grande responsável por todas essas vitórias é o professor Francisco Esteves, idealizador do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (Peld)".

A quarta etapa do Peld mantém a abordagem temática proposta de sua segunda chamada, lançada em 2009, tendo como objetivo avaliar os efeitos das mudanças climáticas. Isso se dá mais precisamente pela investigação do resultado da variação anual e plurianual das chuvas e da temperatura sobre o ciclo de nutrientes e presença de espécies.

“A nossa proposta engloba estudos contínuos de peixes, anfíbios, répteis, mamíferos, plantas e animais pequenos e grandes que são bioindicadores de qualidade ambiental”, completa o professor de Ecologia, Rodrigo Lemes.

Ele finaliza: “De forma pioneira, o projeto incorpora estudos socioambientais que tentam compreender ações multiplicadoras promovidas pelo Parque Nacional, por meio da atuação de conselheiros e grupos sociais que dependem da restinga. A divulgação científica do projeto prevê uma série de ações, com o objetivo de acessar diferentes grupos de tomadores de decisão e promover a sensibilização ambiental das comunidades do entorno do Parque Nacional".


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