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Macaé na luta pela não violência contra a mulher

18/11/2011 14:43:09 - Jornalista: Lourdes Acosta

Foto: Arquivo Kaná Manhães

Uma tenda será montada no calçadão com uma equipe para atender as mulheres

Na sexta-feira (25) será celebrado o Dia Internacional pela Não Violência contra a Mulher. Este ano, mais uma vez, Macaé será palco de um ativismo pelo fim da violência à mulher. A prefeitura, por meio da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres, irá instalar no principal calçadão uma tenda composta de equipe multidisciplinar para atender as mulheres da cidade, durante o período da tarde.

A equipe, formada por assistentes sociais, psicólogas, advogadas e uma cuidadora fará atendimento a quem precisar e alertará para que as mulheres da sociedade local lutem por seus direitos e não permitam nenhum tipo de agressão. Na ocasião, haverá distribuição de panfletos informativos sobre os direitos das mulheres, a Lei Maria da Penha e os telefones úteis para denúncia no caso de violência.

A subsecretária de Políticas para as Mulheres, Vânia Deveza, que está preparando o evento juntamente com sua equipe, explicou que o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher é importante, porque a data sempre lembra que violência contra as mulheres não é apenas uma questão das mulheres, mas sim de toda a sociedade.

- Temos que alertar as mulheres de Macaé para lutar por seus direitos e informá-las de que o município tem responsabilidade pública no enfrentamento a essa violência. A Subsecretaria de Políticas para as Mulheres está à disposição daquelas que, diariamente, sofrem algum tipo de agressão. Por isso, é preciso que elas se encorajem e nos procurem para acabar com esta situação - assegurou Vânia Deveza.

No Dia Internacional pela Não Violência contra a Mulher haverá também reflexões coletivas sobre o enfrentamento da violência de gênero, que mais prejudica a qualidade de vida das mulheres, gerando insegurança e vários danos, tanto físicos quanto emocionais. É um tipo específico de violência que vai além das agressões físicas e da fragilização moral, e limita a ação feminina. É muito mais complexa do que a violência doméstica, pois não acontece somente entre quatro paredes, mas se faz presente em todos os lugares, por alegações aparentemente fúteis.

A violência de gênero carrega uma carga de preconceitos sociais, disputas, discriminação, competições profissionais, herança cultural machista, se revelando sobre o outro através de várias faces: física, moral, psicológica, sexual ou simbólica.

Quando começou - O Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres foi estabelecido no primeiro encontro feminista latino-americano e do Caribe realizado em Bogotá, Colômbia em 1981. O dia 25 de novembro foi o escolhido porque, nesta data, em 1960, ocorreu o assassinato das irmãs Minerva, Pátria e Maria Tereza Mirabal, ativistas que utilizavam o nome secreto de Las Mariposas, e que antes de serem mortas pela ditadura da República Dominicana, foram perseguidas e postas na prisão.

A partir de 1991, a campanha internacional ganhou força quando 23 mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership - CWGL), decidiram promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. Hoje, cerca de 130 países desenvolvem esta campanha, conclamando a sociedade e seus governos a combater a violação dos direitos humanos das mulheres.