Evento acontecerá em Campos dos Goytacazes no próximo sábado (19)
Macaé vai participar da III Conferência da Igualdade Racial Norte/Noroeste Fluminense (Conapir), no próximo sábado (19), das 9h às 15h, na Tenda Cultural, na Praia do Farol de São Thomé, em Campos dos Goytacazes. A programação também vai integrar os municípios de Itaperuna, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, Quissamã e Varre-Sai. Para participar do evento, basta se cadastrar no endereço eletrônico: https://forms.gle/qxHQ7eP2x3oxZ5vMA.
O tema da conferência é "Enfrentamento ao racismo e as outras formas correlatas de discriminação étnico-raciais e de intolerância religiosa: política de Estado e responsabilidade de todos nós”. O objetivo do evento é promover o debate, as reflexões e o encaminhamento de medidas de enfrentamento ao racismo, e outras formas de discriminação étnico-racial, étnico-cultural e de intolerância religiosa. A previsão é que a Conferência Estadual seja realizada no mês de março, também com a participação de Macaé.
Para o secretário de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade de Macaé, Fabrício Afonso Rodrigues Maia, a Conferência de Igualdade Racial é uma oportunidade para que o encontro do poder público e da sociedade civil venha promover políticas públicas para o enfrentamento ao racismo e toda prática de intolerância religiosa. "A participação da nossa cidade é de extrema importância para fortalecimento e continuidade da nossa luta contra o todo tipo de preconceito enraizado em nossa cultura", destaca.
Já a coordenadora geral de Políticas Sociais e Igualdade Racial, Conceição de Maria, pontua que a programação será essencial para dar voz às pessoas quanto a temas como racismo e respeito." Vamos participar da conferência e estamos com expectativas de compartilhar experiências, contribuir e agregar mais conhecimentos. Para os próximos meses também estamos planejando várias frentes de trabalho pautadas na igualdade e combate à discriminação racial", ressalta.
Macaé segue o cumprimento da Lei 10.639, que regulariza o ensino de cultura africana e afrodescendente nas escolas municipais, uma conquista a favor da igualdade racial no Brasil.
Vale lembrar, que a luta contra a discriminação racial só começou a se intensificar no Brasil após a Constituição Federal de 1988, que incluía o crime de racismo como inafiançável e imprescritível. Com a promulgação da Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010, que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial, a sociedade ganhou mais um instrumento para reduzir a distância social e econômica entre negros e brancos. A eliminação de qualquer tipo de discriminação é um dos pontos centrais da Declaração Universal das Nações Unidas.