Com o objetivo de incentivar a cultura, a prefeitura de Macaé por meio da Fundação Agropecuária de Abastecimento e Pesca (Agrape) vem apoiando a Oficina de Cinema Ambiental Humano Mar. Os alunos produzem documentários de curta -metragem durante o curso que teve duração de três semanas. No dia 29, a partir das 17h30, será promovido um Fórum Ambiental do Campo de Polvo, na praça Veríssimo de Mello, onde acontecerá o lançamento dos três filmes produzidos na cidade. A turma conta 15 alunos, todos eles moradores de Macaé.
De acordo com o instrutor da Oficina, Rafael Mazza, o trabalho foi implementado pela Abaeté Estudos Socioambientais, produtora formada por antropólogos e cineastas sendo parte do Programa de Educação Ambiental da Devon Energy do Brasil, empresa petrolífera que atua em Búzios. A Oficina de Cinema Ambiental Humano Mar conta também com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
– Os dez municípios que sofrem influência da exploração de Búzios recebem o Curso de Cinema Ambiental e Macaé está inserido neste contexto. Os alunos devem levantar questões ambientais locais da região, escolhendo o tema do curta-metragem, filmando e editando o material em três semanas. Nossa seleção fica a parte de indicações de escolas da rede de ensino, desde escolas rurais a urbanas, e turma com alunos de todas as classes socioeconômicas. A classe priorizada é a do pescador, já que é a mais afetada na questão ambiental – disse Mazza.
A aluna e agora estagiária do Programa, Manoela Castilho Coimbra, participou da primeira oficina que foi realizada em janeiro do ano passado. ”Depois que fiz parte do curso, minha visão social e ambiental aumentaram. Pude adquirir conhecimentos teóricos e realizar atividades práticas durante a oficina. Aprendemos também a compreender como funciona a sociedade que estamos inseridos” disse Manoela, acrescentando que nas oficinas os alunos têm oportunidades de conviver com pessoas de várias classes sociais.
Os filmes “Do Lado de Cá”, fala da situação dos mangues e do crescimento desordenado na visão de moradores e pescadores da comunidade da Malvinas, enquanto o “Vento Corredor” aborda a relação dos moradores do Lagomar com o vizinho Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba. Já “Perambulante”, apresenta a cidade a partir da visão, dentro de ônibus, com paisagens e seus personagens.
Após a exibição de cada filme, acontecerá um debate aberto que será filmado ao vivo pelos próprios alunos da oficina, onde todos poderão expressar suas opiniões sobre o assunto levantado.Todo material fará parte de uma Agenda Ambiental Audiovisual, documento que catalogará as sugestões e contribuições surgidas no dia e ficará a disposição do poder publico, das entidades ambientalistas, escolas e população em geral.