Foto: Ana Chaffin
Como parte da programação antecipada pelos 200 anos de Macaé - que serão comemorados ano que vem – a Prefeitura está promovendo a mostra Fotografias de Macaé dos anos 1970, que mostra como era a cidade antes da chegada da Petrobras e do desenvolvimento trazido pela indústria offshore. A exposição, com fotos do macaense Luiz Cláudio Bittencourt, o Dunga, pode ser conferida das 13h às 20h, de segunda a sexta, na sede da Coordenadoria do Macaé 200 anos, no antigo Clube Ypiranga.
A mostra ficará aberta ao público até o dia 31 deste mês. Nas fotos de Dunga, Macaé é mostrada como uma cidade bucólica, com ruas tranquilas, praias quase desertas, comércio modesto e alguns casarões imponentes.
Dunga registrou, por iniciativa própria os últimos cinco anos da década de 1970 e o início dos anos 1980 com sua Olympus OM-1. Estão na mostra a Praia dos Cavaleiros, ainda coberta de restinga, o lendário casarão Bolo de Noiva, que enfeitava a Avenida Rui Barbosa, e os famosos trampolins da Praia de Imbetiba, entre dezenas de outros registros históricos.
- O trabalho de Dunga já era divulgado, mas nunca teve uma exposição à altura da importância das imagens. Buscamos o material com o artista e fizemos todo o tratamento necessário nas fotos para que pudessem ser feitas ampliações de boa qualidade. O resultado ficou ótimo e vai emocionar muita gente, comentou o coordenador do Macaé 200 Anos, Ely Perón.
O autor das fotografias, lembra de momentos em que registrava o pôr do sol na Praia da Imbetiba, e que um senhor o alertou para as mudanças que viriam.
- Alguma coisa naquele dia me parecia triste – trampolins com jeito de adeus e parecendo querendo falar mais do que isto, o prenúncio de extrema mudanças em nossa querida Macaé. A partir daí, não parei mais de registrar a história da cidade, pois a memória tem que sobreviver para um dia contar a história, disse Dunga, que dedica a exposição ao amigo e professor Antônio Álvarez Parada, que dedicou parte da sua vida ao registro da história de Macaé.